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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

VAIDADE INFANTIL: até quando é normal?!

Que menina nunca brincou de colocar as roupas e os sapatos da mãe? E qual menino nunca parou em frente ao espelho para comparar os músculos aos do pai?
Imitar adultos faz parte da infância e, para especialistas, a brincadeira é saudável. Para a psicóloga Patricia Spada é normal que as crianças procurem uma identificação com o mundo adulto. Segundo ela, "o problema acontece quando a imitação vira um culto à beleza física, e a vaidade começa a ganhar mais espaço na vida das crianças do que deveria".
A dona-de-casa Lídia Maria Alves, 34 anos, diz que é difícil lidar com a vaidade da filha Caroline, 9 anos. "Ela quer fazer escova, pintar as unhas e viver maquiada", conta a mãe, que procura colocar limites. "Deixo algumas vezes, mas não dá para permitir certas coisas", conta.
Para Harumi Nemoto Kaihami, psicóloga do Hospital Sírio-Libanês, é preciso saber dizer "não". "Dizer 'não' envolve sempre ser firme e responsável pela integridade da criança e, acima de tudo, com amor", afirma.
Saiba como lidar com a vaidade infantil:

Quando geralmente começa
- Desde muito pequenas, por volta de 1 ano de idade, as crianças começam a imitar o que vêem. Basta entrarem no universo da compreensão para adotarem um comportamento imitativo
- Meninos e meninas, por volta dos 5 ou 6 anos, tendem a imitar os pais
- As meninas podem querer vestir as roupas e os sapatos das mães e usar maquiagem
- Meninos podem sentir vontade de se barbear e admirar os "músculos" no espelho

É saudável quando
- Trata-se de uma brincadeira
- A menina vai "treinando" para ser mulher
- Os meninos procuram ganhar referências de figuras masculinas
- A vaidade tem limites impostos pelos pais

É prejudicial quando
- A vaidade se torna obsessiva
- A criança quer se parecer com um adulto na forma de se vestir no dia-a-dia
- A preocupação com a imagem passa a ser a prioridade da criança
- Existe um impulso consumista por roupas e cosméticos
- A criança deixa de comer com a preocupação de emagrecer

O papel dos pais
- Os pais são as primeiras referências de uma criança. Eles devem dar o exemplo e ficar atentos com exageros em relação à sua própria vaidade
- É importante diferenciar o que é uma brincadeira de se maquiar em casa e o que é sair de casa para ir à escola, todos os dias, de maquiagem
- O acompanhamento do dia-a-dia da criança é fundamental
- O diálogo é sempre o melhor caminho. Converse com seu filho e mostre que há coisas mais importantes do que a supervalorização da beleza física
- Incentive a criança a se aceitar como ela é
- Saiba dizer "não". Se a situação for recorrente e a conversa não for suficiente, aplique um castigo, deixando a criança sem um brinquedo que ela gosta por uns dias. Mas se lembre sempre de ter bom senso

Fontes: Patricia Spada, especialista em psicologia infantil da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Raul Gorayeb, do Cria (Centro de Referência da Infância e Adolescência); e Harumi Nemoto Kaihami, psicóloga do Hospital Sírio-Libanês.

Socooooorro!!!! Meu filho está com FEBRE!

Que queixa mais chata e incômoda que a febre nos nossos filhos?
E quer uma resposta mais irritante ainda do que quando o pediatra nos diz que é apenas uma VIROSE?
Pois podem crer: pediatra tem grande chance de estar certo sem nem mesmo examinar seu filho (80%, aproximadamente).
As infecções de vias aéreas superiores (IVAS) são as doeças mais comuns na infância e as maiores responsáveis pelas consultas em pediatria. São inevitáveis e acomente as crianças umas 5-8 vezes por ano, pelo menos, com tendência a ficarem mais frequentes quando seus filhos frequentam creches ou escolas.
As IVAS que se caranterizam por FEBRE, coriza, lacrimejamento, prostração.
Podemos diferencias dois grandes grupos: os resfriados e as gripes.
Os resfriados são mais amenos, com poucos sintomas e praticamente sem repercussão sobre o estado geral do paciente. Já nas gripes, a febre e a prostração é um pouco maior, podendo vir acompanhado de rinite, sinusite, conjuntivite, laringite, com perda de apetite e vômitos, estes últimos principalmente na vigência da febre.
Existem mais de 200 sorotipos de vírus causadores das gripes e resfriados e os exames de rotina, tais como hemograma, não conseguem distinguir o virus causador da tormenta. Por isso, não crussifique seu pediatra se ele não der a resposta que você gostaria de ouvir ou se disser que o exame clínico é suficiente para se tomar a conduta final.
Uma avaliação criteriosa por parte do médico com avaliação do estado geral do paciente, ausculta pulmonar, observação de garganta e ouvidos (otoscopia) deixa, pelo menos, a mãe tranquila quanto à não necessidade do uso de antibióticos.
O tratamento desses quadros se faz apenas com uso de medicações sintomáticas, tratando a febre e instilando soro fisiológico nas narinas ou com uso de descongestionantes nasais tópicos, nos casos em que a obstrução é mais intensa, impediando o sono e a amamentação dos mais pequenos.
O uso de antibióticos para prevenir complicação bacteriana deve ser evitado, pois não tem esta propriedade, podendo levar, inclusive, a infecções resistentes aos antibióticos habituais.
A vitamina C não tem nenhum efeito curativo ou preventivo das IVAS.
Uma medida caseira, mas que pode ser utilizada, são os chás, principalmente aqueles que contenha alho (Expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório, antibiótico, antisséptico, vermífugo - segundo o site da USP), mel e limão. Outras plantas que podem ser utilizadas são a cebola, o sabugueiro, a carqueja, o mamão e o picão-preto (para mais informações, pesquisar em http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/).

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fibrose Cística

A fibrose cística, também conhecida como mucoviscidose, é uma doença multissistêmica e hereditária que afeta principalmente as glândulas exócrinas, tais como o pâncreas, as glândulas sudoríraras e as glândulas produtotras do muco das vias respiratórias, mais especificamente dos pulmões.
O acometimento pancreático leva a deficiência na produção de enzimas digestivas, levando má absorção dos alimentos, e com isso a processos crônicos de diarréia e a quadros de desnutrição importantes.
O acometimento pulmonar, geralmente a causa das mortes prematuras por esta doença, deve-se a produção deficiente das suas secreções, levando a processos infecciosos de repetição e resistentes aos tratamentos habituais, com quadros de dificuldade respiratória progressiva
Outros sintomas também muito frequentes são as sinusites, pólipos nasais e a infertilidade.
Esta doença é causada por uma mutação no gene chamado regulador de condutância transmembranar de fibrose cística (CFTR). Esse gene intervém na produção do suor, dos sucos digestivos e dos mucos. Apesar de a maioria das pessoas não afetadas possuírem duas cópias funcionais do gene, somente uma é necessária para impedir o desenvolvimento da fibrose cística. A doença se desenvolve quando nenhum dos genes atua normalmente. Portanto, a fibrose cística é considerada uma doença autossômica recessiva.
Ela é mais comum entre caucasianos e asquenazes; uma em 25 pessoas descendentes de europeus carrega um gene para fibrose cística. Aproximadamente 30.000 americanos possuem FC, fazendo desta uma das doenças hereditárias mais comuns.
Indivíduos com fibrose cística podem ser diagnosticados antes do nascimento através do exame genético ou no princípio da infância pelo teste do pezinho e confirmada pelo teste do suor.
Não há cura para a FC e a maioria dos portadores morrem ainda jovens — muitos entre os 20 e 30 anos por insuficiência respiratória. Ultimamente tem-se recorrido ao transplante de pulmão para conter o avanço da doença.