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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Meningites

Meninges são membranas que envolvem o encéfalo (cérebro, bulbo e cerebelo) e a medula espinhal. Elas são constituídas por três camadas: dura-máter, aracnóide e pia-máter. No espaço entre a aracnóide e a pia-máter circula o líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor.
Quando uma bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas e aninhar-se nas meninges, elas se inflamam, podem produzir pus e a infecção se espalha por todo o sistema nervoso central.
No paciente com meningite, mas principalmente na criança, deve-se estar atento para os sinais da doença, principalmente neste período chuvoso que se inicia. Dor de cabeça (ou irritabilidade nas crianças menores), vômitos (em jato) que se repetem, rigidez da nuca (a criança não consegue movimentar a cabeça normalmente), prostração, febre alta são sintomas característicos do quadro de meningite. Por isso, nunca devem ser desconsiderados, especialmente em duas faixas etárias extremas: nos primeiros anos de vida e quando as pessoas começam a envelhecer.
Diagnóstico precoce e início imediato do tratamento são fundamentais para controlar a evolução da doença.
A punção e estudo do LCR é o método mais adequando para a confirmação da suspeita diagnóstica e o tratamento, em caso de meningite por bactérias, se faz com o uso de antibióticos geralmente venoso, por pelo menos 7-10 dias.
as meningites bacterianas causadas pelo meningococo, pelo pneumococo e pelos hemófilos que podem provocar quadros graves e deixar seqüelas, como surdez em um ou nos dois ouvidos porque a infecção afeta os nervos auditivos.


Existe prevenção?
Sim.
Para a meningite por hemófilos, que ocorre em crianças até por volta dos 5 anos, existe uma vacina, a Hib, que já faz parte do calendário de vacinação e é administrada aos dois, quatro e seis meses de vida, sendo feitas depois as doses de reforço.
A vacina contra a meningite por pneumococo também existe, e desde o início deste ano encontra-se disponível na rede pública de saúde (Pneumo 13).
Quanto à vacina contra meningite por meningococo, a problemática é outra: não está disponível na rede pública, sendo relativamente cara para a maior parte da população brasileira.
Outra forma muito barata de reduzir (não eliminar) os riscos de contaminação pelas bactérias que provocam a meningite são os cuidados de saneamento básico, mantesr os ambientes sempre ventilados e sem aglomeração de muitas pessoas e manter uma alimentação saudável dos pequenos, fortalecendo assim seu sistema imunológico.

Fonte: www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/2408/meningite

domingo, 26 de dezembro de 2010

Ele chora e perde o fôlego.

É mais comum do que se imagina. O bebê fica irritado, começa a chorar e não consegue mais parar. Acontece mais entre os seis meses e três anos, por diferentes motivos. Chama-se de “tomar o choro” (eu - Dr Marcelo Madeira - chamo de apnéia do choro, que quer dizer, ao pé da letra, parada da respiração durante o choro) e não traz conseqüências mais sérias. Desde que as crises não estejam associadas a um distúrbio cardiorrespiratório.
Por isso, é muito importante a opinião do pediatra. Dependendo da avaliação inicial, ele fará um encaminhamento para o cardiologista ou o neuropediatra. Fique atenta, portanto, aos sintomas e converse com ele. Em alguns casos, o médico vai precisar, inclusive, presenciar a crise para fazer um primeiro diagnóstico.

Por que acontece?
Por predisposição constitucional; quando a criança ou pais são muito ansiosos; por arritmia cardíaca, como a bradicardia – diminuição da freqüência dos batimentos cardíacos.

Como é a crise?
Em geral, aparece depois de alguma contrariedade: a retirada brusca da chupeta, um susto, um pequeno trauma, o medo de cair do colo, etc. O bebê chora, vigorosamente, tem uma parada rápida na respiração, a pele fica arroxeada e o corpo meio amolecido. Nesse momento, pode haver um rápido desmaio. Depois, ele volta a respirar normalmente, mas ainda chora por um tempo.

Atenção!
Se a crise vem acompanhada de palidez, não há choro; a criança bloqueia a respiração, soluça e sofre pequenas paradas respiratórias.

Como agir?

- Sempre tentando manter a calma e não deixando que seu filho perceba a preocupação da família. Isso só aumenta a possibilidade de novas crises.
- Controle a ansiedade. Nada de tapinhas no bumbum, nos pés e nem assoprar o rosto do neném; simplesmente não funciona. Experimente massagear a região do peito, que estimula o retorno da respiração. Quando a crise cessar, deite o bebê no berço, sem muito alarde ou excesso de cuidados.

Atenção!
As crises não deixam seqüelas e nem provocam a morte. Se não existir qualquer distúrbio cardíaco, vão desaparecer até os cinco anos de idade.

Fonte: Site TopBaby (http://www.uol.com.br/)
Maria Amélia de Oliveira
Consultoria: Dr. Paulo Roberto Lopes, pediatra. Médico da Unidade Materno-Infantil do Hospital dos Servidores/RJ

Queimaduras: acidentes comuns no período de férias.

Segundo as diretrizes das Sociedades de Pediatria, a melhor maneira de preveção de qualquer acidente doméstico é afastar todo e qualquer objeto ou condição que possa acarretar algum acidente.
Por exemplo:
- Não adianta por o frasco com soda cáustica no local mais elevado da cozinha. A melhor maneira de prevenção é não ter em casa.
- A melhor maneira de evitar queimaduras na cozinha não é pondo os cabos das panelas virados para dentro. A maneira mais eficaz é não permitir que a criança entre na cozinha (colocação de portãozinho na porta da cozinha).

Cerca de 55% dos casos de queimaduras em bebês são provocados pelo contato com líquidos ferventes. Podem ocorrer durante o banho, atingindo principalmente a região genital, ou pela ingestão de alimentos muito quentes, lesando o interior da boca e os lábios. Ou, ainda, por acidentes com fogões, aquecedores e churrasqueiras. Choque elétrico, exposição prolongada ao sol e contato com substâncias inflamáveis, como o álcool, também estão entre os fatores de risco. Os acidentes, na maioria das vezes, acontecem dentro de casa, inclusive na presença dos adultos. E deixam marcas físicas e emocionais para toda a vida.

Graus de intensidade

Conforme sua profundidade, a queimadura tem as seguintes classificações:

Primeiro grau – lesão mais superficial, que afeta somente a epiderme (camada superior da pele), deixando um tom avermelhado. Uma semana depois, a região descama e volta ao seu aspecto original.
Segundo grau – quando atinge a derme (segunda camada da pele). Forma bolhas, mas, se não houver complicações, em duas semanas a área queimada se regenera. Em casos mais graves, ficam algumas cicatrizes.
Terceiro grau – neste nível, a queimadura destrói a epiderme e a derme, deixando um aspecto de carne viva. Requer socorro médico imediato. A recuperação pode demorar meses, deixar o paciente incapacitado ou ter conseqüências ainda mais sérias.

No primeiro momento

Quando o bebê se queima, nada de apelar para cremes hidratantes, borra de café, pomadas, folha de bananeira ou qualquer outra substância. Lave a região queimada com água fria, corrente, e procure, imediatamente, o hospital.
Evite dar qualquer medicamento e não deixe que ele coma nada, porque pode haver necessidade de tomar um anestésico mais tarde. Dependendo do tipo de acidente, alguns cuidados são indispensáveis:

Trauma elétrico – desligue a corrente e reanime a criança, ainda em casa, com respiração boca-a-boca.
Trauma químico – lave seguidamente o local da lesão com água corrente.
Trauma por fogo – envolva a criança com um cobertor ou colcha. Em seguida, lave a região atingida com água fria.

Como prevenir?
Por maiores que sejam os cuidados, nem sempre é possível evitar estes acidentes. Mas, valem algumas recomendações:

- Siga o horário determinado pelo pediatra para a exposição ao sol: antes das 10:00h e depois das 15:00h.
- Vede as tomadas da casa com protetor próprio, além de não deixar fósforos, isqueiros, cigarros acesos ou produtos inflamáveis, como o álcool, em locais de fácil acesso.
- Teste, com o cotovelo, a temperatura da água, antes de colocar o bebê na banheira. E também a dos alimentos, líquidos ou sólidos que ele vai comer.
- Mantenha as crianças longe da cozinha, principalmente se o fogão ou o forno estiverem acesos. Para acendê-los, primeiro risque o fósforo e só depois gire o botão.
- Ao cozinhar, vire os cabos das panelas para dentro. Se usar a panela de pressão, espere que todo o vapor saia, antes de abri-la.
- Verifique possíveis vazamentos de gás, usando espuma de sabão para localizá-los. Caso existam, chame, imediatamente, o técnico especializado.

Regina Protasio
Consultoria: Dr. Carlos Fontana, cirurgião plástico. Chefe do Serviço de Queimaduras do Hospital das Clínicas/SP

Intoxicação alimentar: o que é e como evitar.

Confira dicas de como evitar esse problema com a sua família. E atenção: um estudo revela que o perigo também está em alimentos preparados e consumidos dentro das residências

Festas de fim de ano. Apesar de toda vez você jurar que não vão exagerar nas comidas, não tem jeito. Cada um da sua família se arrisca para fazer um prato especial para comemorar o Natal e o Ano Novo ao lado dos amigos, das crianças. Mas além do cuidado para que a receita dê supercerto, é preciso também ficar atenta com a manipulação e conservação das comidas, e evitar que uma intoxicação alimentar atrapalhe a alegria desta época tão esperada.
A intoxicação alimentar é causada por alimentos contaminados por bactérias nocivas. Os sintomas mais comuns são vômitos, dores abdominais, diarreia e dores de cabeça e podem surgir de uma a 48 horas depois da ingestão do alimento, dependendo do tipo de bactéria. Ao contrário do que se acredita, os alimentos deteriorados não são a principal causa das intoxicações alimentares, pois a alteração do cheiro, do sabor e da aparência do alimento faz com que ele seja evitado. O maior risco, portanto, são os agentes que contaminam sem “estragar” o produto.
E você pensa que isso acontece só fora de casa? Um estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostrou que 27% dos surtos de intoxicação acontecem com alimentos preparados e consumidos dentro de casa. Em restaurantes, padarias, lanchonetes e outros estabelecimentos esse índice é de 24%. “O cuidado na hora de preparar alimentos é fundamental para evitar intoxicações”, diz Maria Bernadete de Paula Eduardo, diretora da Divisão de Doenças Transmitidas por Água e Alimentos do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria.
Segundo a especialista, a temperatura dos alimentos preparados merece atenção. O ideal é deixá-los aquecidos a 70o ou dentro da geladeira. Em temperatura ambiente, pode haver o crescimento de bactérias ou de suas toxinas, por isso as refeições não podem ficar mais que duas horas fora de refrigeração. “Não é recomendável deixar sobras de comida em cima do fogão ou dentro de um forno desligado”, diz Bernadete. Para evitar a transmissão da bactéria Salmonella Enteritidis, responsável por 50% dos casos de gastroenterites, não ofereça à sua família ovos mal cozidos ou alimentos preparados à base de claras e gemas cruas.

Como prevenir

- Em primeiro lugar, é preciso conhecer a origem dos alimentos que vai oferecer à família, dentro ou fora de casa;
- Mantenha a cozinha sempre limpa;
- Lave as mãos antes de cozinhar, depois de ir ao banheiro ou trocar a fralda do bebê;
- Ferva a água para beber e cozinhar, caso o fornecimento de sua cidade não for confiável;
- Conserve os alimentos em local apropriado e, se possível, prepare a quantia exata de alimentos que a família for consumir, pouco antes da refeição;
- Não misture alimentos de origens diferentes, como carnes e verduras, em cima da pia;
- Não use a mesma faca durante a preparação de diferentes alimentos;
- Frutas e verduras devem ser lavados com água corrente antes do consumo. Caso vá ingerir os vegetais crus, deixe-os de molho por 15 minutos em produto indicado para desinfecção (como hipoclorito de sódio). Vinagre doméstico não mata as bactérias!
- Cozinhe bem os alimentos (principalmente as carnes). Sempre aqueça as sobras antes de ingeri-las (a 70o);
- Lave latinhas de refrigerantes ou outras bebidas com água e sabão;
- Lave bem as mãos do seu filho depois de brincar ou cuidar dos animais de estimação (faça o mesmo);
- Antes de colocar qualquer item no carrinho do supermercado, por exemplo, leia o rótulo do produto. Além da data de fabricação, verifique se a embalagem está limpa. Há algum furo ou lacre rompido? Evite comprar enlatados cuja lata se encontra amassada ou estufada. Por último, veja se o alimento possui o endereço do fabricante ou algum tipo de certificação, como o SIF (Serviço de Inspeção Federal) no caso das carnes ou o selo verde para os orgânicos;
- Em restaurantes, observe com atenção a higiene do local. Comidas em buffet, se não estiverem quentes ou refrigeradas de acordo, oferecem mais riscos de contaminação. O mesmo acontece com alimentos vendidos por ambulantes.
 
Fonte: Revista Crescer (http://revistacrescer.globo.com/)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Teste do Pezinho

Nome popular para a triagem neonatal, o teste do pezinho é feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. Por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido através de uma única punção, rápida e quase indolor para o bebê.
Em sua versão mais simples, o teste do pezinho foi introduzido no Brasil na década de 70 para identificar duas doenças (chamadas pelos especialistas de "anomalias congênitas", porque se apresentam no nascimento): a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito. Ambas, se não tratadas a tempo, podem levar à deficiência mental. Logo, é importante certificar-se, quando escolher a maternidade, se o local está apto a realizar este exame.
A identificação precoce de qualquer dessas doenças permite evitar o aparecimento dos sintomas, através do tratamento apropriado. Por isso, recomenda-se realizar o teste imediatamente entre o 3º e o 7º dia de vida do bebê. Antes disso os resultados não são muito precisos ou confiáveis. A partir desse prazo, leve seu filho para fazer o exame o mais cedo possível. Assim o tratamento, se for o caso, será mais eficaz.
Em 1992 o teste se tornou obrigatório em todo o país, através de lei federal. Em 2001, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (portaria 822), com o objetivo de atender a todos os recém-natos em território brasileiro.
O PNTN prevê o diagnóstico de quatro doenças: Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Hemoglobinopatias e Fibrose Cística, mas já existe uma versão ampliada, que permite identificar mais de 30 doenças antes que seus sintomas se manifestem. Trata-se, no entanto, de um recurso sofisticado e ainda bastante caro, não disponível na rede pública de saúde.
Nos casos com resultados de triagem alterados, o laboratório central deve acionar o posto de coleta para que entre em contato com a família e trazer a criança para a realização de exames confirmatórios.

Importante: o Teste do Pezinho é apenas um teste de triagem. Um resultado alterado não implica em diagnóstico definitivo de qualquer uma das doenças, necessitando, de exames confirmatórios.

Em Teresina, o serviço de referência para o programa de Triagem neonatal é o Hospital Infantil Lucídio Portela (Fone: 3221-3435).


Fonte: Ministério da Saúde.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Asma

A asma brônquica é uma doença pulmonar crônica e muito freqüente em todo o mundo. Geralmente se inicia na infância e poderá ou não durar por toda a vida. É a principal causa de tosse crônica em crianças e está entre as principais causas de tosse crônica em adultos.

Esta doença se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, o que determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória. Este estreitamento é reversível e pode ocorrer em decorrência da exposição a diferentes fatores desencadeantes ("gatilhos"). Esta obstrução à passagem de ar pode ser revertida espontaneamente ou com uso de medicações.
Dentre os maiores gatilhos para a asma, os mais comuns são:
- alterações climáticas,
- o contato com a poeira doméstica,
- mofo,
- pólen,
- cheiros fortes,
- pêlos de animais,
- gripes ou resfriados,
- fumaça,
- ingestão de alguns alimentos ou
- medicamentos.
Nas crises de asma, ocorre uma hiperreatividade brônquica, levando ao estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno leva à tosse, chiado no peito e falta de ar.
Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
De qualquer forma, cerca de um terço de todos os asmáticos possui um familiar (pais, avós, irmãos ou filhos) com asma ou com outra doença alérgica.
Alguns asmáticos têm como "gatilho" o exercício. Ao se exercitarem, entram numa crise asmática com tosse, chiado no peito (sibilância) ou encurtamento da respiração.
Alguns vírus e bactérias causadoras de infecções respiratórias também podem estar implicadas em alguns casos de asma que se iniciam na vida adulta.

O que se sente?
Caracteristicamente, nesta doença, os sintomas aparecem de forma cíclica, com períodos de piora. Dentre os sinais e sintomas principais, estão:
- tosse - que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração (catarro).
- falta de ar
- chiado no peito (sibilância)
- dor ou "aperto" no peito
Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.

Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente.
No exame físico, o médico poderá constatar a sibilância nos pulmões, principalmente nas exacerbações da doença. Contudo, nem toda sibilância é devido à asma, podendo também ser causada por outras doenças. Todavia, nos indivíduos que estão fora de crise, o exame físico poderá ser completamente normal.

Existem exames complementares que podem auxiliar o médico. Dentre eles, estão:
- a radiografia do tórax,
- exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a
- espirometria - identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar.

O asmático também poderá ter em casa um aparelho que mede o pico de fluxo de ar, importante para monitorar o curso da doença. Nas exacerbações da asma, o pico de fluxo se reduz.

Como se trata?
Para se tratar a asma, a pessoa deve ter certos cuidado com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho. Dentre os cuidados mais importante, destaca-se a retirada de cortinas e tapetes que possam acumular poeira. deve-se evitar a criação de animais dométicos dentro de casa. Ao se realizar a limpeza da casa, o asmático não deve estar presente. Deve-se evitar poeira e fumaça, principalmente a do cigarro (fumantes passivos).
Junto, deverá usar medicações e manter consultas médicas regulares.

Duas classes de medicamentos têm sido utilizadas para tratar a asma:

1- Broncodilatadores
2- Antiinflamatórios horminais (corticóides), sendo estes a melhor classe de medicamento para o combate da asma.

Existem outras possibilidades de tratamento, como o cromoglicato de sódio (bastante utilizado em crianças pequenas), o nedocromil, o cetotifeno e os anti-leucotrienos. Este último é relativamente novo e pode ser usado em casos específicos de asma ou associado aos corticóides.

Tanto os broncodilatadores quanto os antiinflamatórios podem ser usados de várias formas:
- por nebulização,
- nebulímetro ("spray" ou "bombinha"),
- inaladores de pó seco (através de turbohaler, rotahaler, diskhaler ou cápsulas para inalação) – são diferentes (e práticos) dispositivos para inalação,
- comprimido,
- xarope

Os médicos dão preferência ao uso das medicações por nebulização, nebulímetro ou inaladores de pó seco por serem mais eficazes e causarem menos efeitos indesejáveis.

Como se previne?
De longe, os corticóides inalatório são os mais indicados na prevenção da asma. Estes poderão estar ou não associados aos beta2-agonistas de longa duração e os antileucotrienos, além de ter um bom controle ambiental, evitando exposição aos "gatilhos" da crise asmática.
Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas exacerbações e seus sintomas diários.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pesquisa alerta: 40% das vítimas do fumo passivo no Brasil são crianças!

Os pais que fumam sabem o risco que o hábito traz à sua saúde e à de seus filhos. Mas talvez não imaginem até onde o bem-estar da criança pode ser prejudicado. Um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que 40% das vítimas do fumo passivo no Brasil são crianças.
Fumante passivo é quem aspira a fumaça tóxica liberada pelo fumante ativo, por meio do convívio no mesmo ambiente fechado. Ou seja, pais que fumam dentro de casa ou do carro comprometem efetivamente a saúde dos filhos. De acordo com os dados da OMS, uma em cada quatro crianças brasileiras tem pelo menos o pai ou a mãe com o vício. As infecções respiratórias, em especial pneumonia, são as principais causas de morte. E o pulmão daquelas expostas ao fumo podem sofrer atraso em seu desenvolvimento.
E não é só isso. Uma pesquisa canadense chamou a atenção para a quebra de um grande clichê: pessoas que não fumam não podem ser dependentes de nicotina. Os testes e entrevistas mostram que isso não só não é verdade como também pode ser aplicado às crianças expostas ao contato com a fumaça do cigarro
A pesquisa envolveu nove instituições de ensino diferentes aponta que uma quantidade significativa de filhos de pais fumantes acaba incorporando os males do fumo, mesmo sem nunca ter colocado um cigarro na boca. Liderada por Jennifer O'Loughlin, pesquisadora da Universidade de Montreal, Canadá, a pesquisa revela que sintomas claros de dependência de nicotina, como depressão, insônia, irritabilidade, ansiedade, aumento de apetite e problemas na concentração, foram observados em cerca de 5% das 1.800 crianças entrevistadas, todas entre 10 e 12 anos, e que nunca haviam fumado. “Esses dados servem para mostrar que políticas públicas relacionadas ao fumo precisam ser rígidas”, comenta O’Loughlin.
Outro fator relevante é que pais que fumam influenciam suas crianças também psicologicamente. Um estudo liderado pelo Hospital das Clínicas de Pernambuco aponta que pais que fumam exercem forte influência na decisão dos filhos de experimentar o cigarro. De acordo com os resultados 90% dos jovens fumantes começam a fumar espelhados em atitudes da própria família. Mariana Leme tem 22 anos e confessa ser fumante desde os 15. “Experimentei cigarro pela primeira vez aos 12 anos. Para mim sempre foi uma coisa normal. Em casa todos fumam. Eu achava charmoso”, revela. Quando o assunto é cigarro, os números das pesquisas reforçam: não há quantidade segura e o vício não prejudica somente o fumante, e sim toda a sua família.