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domingo, 23 de janeiro de 2011

Halitose

O que é:

A halitose é uma alteração do hálito que o torna desagradável, podendo significar ou não uma mudança patológica. É um sinal indicativo de que alguma disfunção orgânica (que requer tratamento) ou fisiológica (que requer apenas orientação), esteja acontecendo. A halitose não significa apenas uma doença, mas também, uma alteração das condições fisiológicas como por exemplo a halitose matinal, que a maioria das pessoas têm. A halitose em geral é um problema de saúde com conseqüências sociais e econômicas, morais e psicoafetivas tão sérias que aflige, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 40% da população mundial. A halitose também é conhecida como hálito fétido, mau hálito, fedor da boca.
O hálito é composto pelo ar expirado após a inspiração que provoca as trocas gasosas fisiológicas, associado às substâncias eliminadas por via pulmonar. Estas substâncias partem do intestino para o fígado, para a bile, para o sangue e finalmente para os pulmões, quando são eliminados pela expiração.

Causas:

A halitose geralmente está associada à existência de cáries e a má higiene bucal, porém pode ter outra origem como a respiratória, (sinusite e amidalite) digestiva, (erupção gástrica, dispepsia, neoplasias e úlcera duodenal) e a de origem metabólica e sistêmica (diabetes, enfermidades febris, alterações hormonais, secura da boca, estresse).

Tipos de halitose:

A halitose fisiológica relaciona-se a diminuição do fluxo salivar durante o sono: existe um fluxo mínimo de saliva durante o sono. Assim, ocorre putrefação de células epiteliais esfoliadas que permanecem retidas durante esse período ocasionando um odor desagradável, o qual desaparece após a higienização oral pela manhã, restabelecendo o fluxo salivar aos valores normais
A halitose provocada por medicamentos se deve ao fato de que algumas drogas podem alterar a sensação de gosto e olfato como: sais de lítio, penicilina e tiocarbamida, causando halitose subjetiva, ou ainda podem ser excretadas através do pulmão. Alguns medicamentos antineoplásicos, anti-histamínicos, anfetaminas, tranqüilizantes, diuréticos, fenotiaminas e outras drogas provocam diminuição do fluxo salivar ocasionando o mau hálito.
Halitose imaginária, halitofobia ou halitose psicossomática: ocorre em pacientes que apresentam alteração no olfato e passam a acreditar que possuem halitose, porém outras pessoas não detectam o fato.
Existe outro tipo de halitose que é a temporária, de origem alimentar. Esta pode ser causada pela ingestão de alimentos com alho, cebola, condimentos, jejum prolongado, bebidas alcoólicas, pois o metabolismo desses alimentos e bebidas produz ácidos e outros compostos que são excretados através dos pulmões.

Prevenção:

Seja qual for a causa da halitose a higiene bucal é fundamental para o sucesso do tratamento, além da eliminação da sua respectiva causa. Ë imperativo que além da escovação e do uso do fio dental promova-se a periódica limpeza da língua após as refeições e ao deitar, evitando o acúmulo de bactérias. Consultas odontológicas devem ser estimuladas, principalmente quando o paciente for portador de várias restaurações, próteses fixas ou adesivas, pois as mesmas podem estar com áreas que retenham restos de alimentos.

- uso de fio dental e boa escovação, limpando também a língua, após qualquer refeição;
- consulta regular ao dentista;
- realização de bochechos com produtos anti-sépticos;
- ter uma dieta balanceada e evitar comer entre as refeições;
- beber pelo menos dois litros de água por dia;
- controlar o estresse;
- evitar o excesso de comidas gordurosas, cigarros, café, frituras.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fimose : perguntas mais frequentes.


1- O que é Fimose?

Fimose é a dificuldade, ou mesmo a impossibilidade de expor a glande ("cabeça" do pênis) porque o prepúcio ("pele" que recobre a glande, a cabeça do pênis) tem um anel muito estreito. Não é o simples fato do prepúcio (pele) estar colada na glande (cabeça), o que é freqüente e normal nos primeiros anos de vida (aos 6 meses somente 20 % dos meninos conseguem expor totalmente a glande, mas quase 90 % já o conseguem aos 3 anos).

 2- Por que as crianças têm fimose?

O motivo mais comum são as assaduras (dermatites amoniacais), causando postites, e cicatrizes (fibrose). Como cicatrizes sempre retraem a pele, isto torna o anel prepucial mais estreito. Também existem casos de crianças em que os pais preocupados com o acolamento normal entre a glande e o prepúcio fazem "massagem", forçando a pele, e ocasionando pequenos traumatismos (microtraumatismos), que ao cicatrizarem tornam o anel estreito, e aí formam uma verdadeira fimose.

3- Deve-se fazer exercícios para abrir o anel do prepúcio?

Não, pois podem ocorrer microtraumatismos com dor, inflamação local e até sangramentos, e a cicatrização pode levar a um estreitamento da abertura no prepúcio. Os exercícios ao causarem dor e desconforto também criam na criança o medo de que alguém mexa nos seus genitais. Este medo interfere na higiene peniana, e ao não se realizar uma boa higiene ocorrem as postites (inflamações ou infeções do prepúcio), que são outra causa da Fimose. Este medo também dificulta a aceitação da cirurgia, dos cuidados pós-operatórios, e interfere na aceitação da sua sexualidade.


4 - Como prevenir a Fimose?

A melhor prevenção é ensinar aos pais como realizarem a higiene perineal, sem fazerem "massagens e exercícios", e reconhecendo e tratando adequadamente as dermatites amoniacais (assaduras) e as postites.

5 - Por que as crianças com Fimose necessitam

de tratamento cirúrgico?

a) Permitir a higiene adequada do pênis.

b) Permitir no futuro um relacionamento sexual satisfatório.

c) Evitar ou corrigir a PARAFIMOSE (quando o orifício de abertura do prepúcio, por ser muito estreito, fica preso logo abaixo da glande, com dor, inchaço imediato e dificuldade de urinar

d) Diminuir o risco de balano-postites (infeções do prepúcio e glande), infeções urinárias, doenças venéreas e do câncer no pênis.

e) Diminuir o risco de câncer de colo de útero na sua futura esposa.

Observações:

a) A fimose não impede, nem prejudica o crescimento do pênis, portanto a cirurgia (Postectomia) não vai ajudar o crescimento do mesmo.

b) É estimado que mais de 18% dos meninos não circuncidados podem ter indicações cirúrgicas até os 8 anos de idade.

6 - Qual a idade ideal para cirurgia da Fimose?

Nos casos não complicados aguarda-se até ao redor dos 7 - 10 anos de idade , por 3 motivos:

a) Neste período pode ocorrer o descolamento normal do prepúcio, a cura, não necessitando mais da cirurgia.

b) Até os 5 - 6 anos o menino realiza sua identificação sexual, chamada Fase Fálica, portanto o menino já entende a necessidade da cirurgia, e não corre o risco de achar que foi cortado um pedaço do seu pênis (Síndrome da Castração)

c) Antes da adolescência, quando as ereções mais frequentes tornam o pós-operatório mais doloroso e aumentam o risco das complicações.

7 - Como os pais podem preparar

seu filho para a cirurgia ?

Em primeiro lugar os pais devem receber do cirurgião pediátrico orientações que lhes permitam conhecer como será realizada a cirurgia, para que eles se sintam seguros e possam transmitir esta segurança para seu filho.

Além disso é importante não esconder do paciente o que será realizado, mas sem entrar em detalhes que ele não possa compreender e que possam assustá-lo. Ex.: a palavra "cortar"

Demonstrar amor, segurança, e levá-lo ,se possível, a conhecer o local onde será realizado a cirurgia também auxilia no preparo pré-operatório.

8 - Como é feita a cirurgia ?

A não ser que o paciente tenha outras doenças ou que os pais prefiram, a cirurgia será feita de Ambulatório, isto quer dizer que o paciente não precisa ficar internado, não vai dormir, passar a noite num quarto do hospital, evitando assim uma maior separação do ambiente familiar, e diminuindo os riscos de infecção hospitalar.

Quanto a técnica cirúrgica, e o quanto de pele a ser ressecada (retirada), isto varia conforme a idade do paciente, a intensidade da fimose, e a experiência do cirurgião.

9 - Os pais podem assistir a cirurgia ?

Nas crianças acima de 6 a 12 meses de idade é importante que um dos familiares permaneça junto a criança até que ela durma, para que ela se sinta segura. Em alguns hospitais de Porto Alegre é permitida e incentivada a permanência do pai e/ou da mãe ao lado da criança durante a indução anestésica..

Durante o ato cirúrgico no entanto não é permitido, por não ser necessário, para diminuir os risco de infecção, e evitar transtornos a rotina da sala cirúrgica.

Na Sala de Recuperação Pós-Anestésica , os pais podem permanecer ao lado do filho, tranqüilizando-o, e auxiliando-o a se alimentar após estar bem acordado.

10 - E a anestesia, é local ou geral ?

Na infância, e mesmo na adolescência, se prefere a anestesia geral, geralmente precedido pelo uso de um sedativo e de um analgésico, pois:

• Evita que o paciente assista, participe e se assuste durante o ato cirúrgico.

• Evita a dor das "picadas" de agulha e da introdução do anestésico local.

• Permite que o paciente permaneça quieto, sem se movimentar durante a cirurgia .

• O paciente não se lembrará de nada que ocorre na sala de cirurgia, não tendo portanto nenhum trauma psicológico.

• Por ser muito seguro (risco de complicações severas inferior a 1 em cada 5.000 anestesias, e risco de óbito ao redor de 1 em cada 200.000 anestesias).

11 - E depois da cirurgia, quantos dias a criança necessita faltar a aula?

As crianças, se possível, são operadas numa quinta ou sexta-feira, e retornam tranqüilamente as aulas na Segunda-feira, mas com a recomendação de que evitem exercícios físicos que possam traumatizar a região cirúrgica por 2 a 3 semanas (Exemplos: - "lutas", jogar bola, andar de bicicleta, "skate", patins, "rollers",...).


domingo, 16 de janeiro de 2011

Obesidade: é importante prevenir o excesso de peso antes dos 5 anos


Você sabe desde quando é preciso se preocupar com o peso do seu filho? Assim que ele nasce. Um estudo realizado no Reino Unido, publicado este mês na revista Pediatrics, mostrou que os quilos a mais ganhos entre 0 e 5 anos de idade contribuem para aumentar os riscos de obesidade e doenças metabólicas (como diabetes, hipertensão) no futuro.
A avaliação, feita com 233 crianças desde o nascimento até os 5 anos e depois aos 9, mostrou que a maioria do excesso de peso adquirida antes da puberdade acontece nos cinco primeiros anos, independentemente dos quilos ao nascer. E chegar com os ponteiros da balança acima do ideal na puberdade, pode agravar o problema, porque nessa fase há uma mudança natural no corpo dos meninos e meninas. Elas, aliás, acabam engordando mais que eles.
Por isso, o importante é prevenir. “É fundamental criar bons hábitos alimentares nos primeiros anos de vida. Quanto antes a criança se acostumar a comer bem menor a chance de engordar”, diz Luiz Eduardo Calliari, endocrinologista infantil do Hospital São Luiz (SP). É preciso que a família toda contribua, mantendo uma alimentação equilibrada e balanceada, com horários certos para as refeições, evitando comidas gordurosas e calóricas. As atividades físicas também devem ser estimuladas. E até os 5 anos, o endocrinologista avisa: o melhor exercício é a brincadeira de criança, de bola, de pega-pega, no parque ou no clube.
O cuidado deve continuar na escola. Veja se o berçário ou o colégio que vai escolher para o seu filho é um local em que a filosofia em relação à alimentação se parece com a de sua casa. Observe o que servem nas cantinas e se há estímulos para a criança comer frutas, legumes e verduras.

Sem dobrinhas demais
O conceito de que bebê saudável é aquele gordinho ainda existe, e, com isso, muitas vezes os pais demoram demais a perceber que a criança está acima do peso. “É difícil os pais se preocuparem com obesidade antes dos 5 anos. E, quando enxergam o filho com problemas com a balança, querem resolver rápido”, diz.
Com criança não é assim. Dietas rígidas são proibidas, principalmente porque ela está em fase de desenvolvimento. O que é preciso é que aprenda a comer certo e que passe por um processo de reeducação alimentar. “Como ela cresce, só o fato de manter o peso estabilizado por um período já é um avanço”, constata Calliari. Por isso, sem ansiedade. A perda dos quilos extras vai acontecer a longo prazo, sempre com orientação médica.

Fonte: Revista Crescer

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Novo exame consegue identificar e capturar células cancerígenas

Mecanismo pode ajudar na descoberta e no tratamento de tumores.
"É como uma biópsia líquida", diz um dos inventores do teste.

Um novo teste sanguíneo que encontra e captura células cancerígenas entre bilhões de células sadias pode chegar em breve ao mercado. Cientistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, e uma multinacional do ramo da saúde pretendem anunciar nesta segunda-feira (3) uma parceria para produzir o exame em larga escala.
Os cientistas imaginam que, inicialmente, o teste facilitará o tratamento de tumores, pois pode ser feito diariamente e é um jeito rápido de descobrir se medicamentos e terapias estão fazendo efeito. “É como uma biópsia líquida”, que evita a retirada dolorosa de tecidos, diz o médico Daniel Haber, chefe do centro de câncer do hospital e um dos inventores do teste.
O exame também poderá, no futuro, ajudar a diagnosticar o câncer antes que ele se espalhe, atuando paralelamente a testes tradicionais, como a mamografia e a colonoscopia.
Hoje, o único exame sanguíneo disponível no mercado para a detecção de tumores apenas conta as células doentes, mas não consegue capturá-las, impedindo que os médicos possam obter mais informações sobre o problema.

Como funciona?
O exame usa um microchip do tamanho de um cartão de crédito, coberto por 78 mil pequenos cilindros, como cerdas de uma escova de cabelo. Os cilindros contêm uma substância que faz as células cancerígenas grudarem. Quando o sangue atravessa o chip, as células batem nos cilindros como uma bola em um jogo de pinball. As células cancerígenas se prendem e um corante faz com que elas brilhem. Assim os cientistas podem contá-las e capturá-las.
O próximo passo na pesquisa será encontrar um plástico barato para produzir os testes, que hoje custam centenas de dólares por unidade. Enquanto isso, o exame será usado experimentalmente em quatro institutos dos EUA.