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sábado, 19 de março de 2011

Apendicite

O que é apendicite?

A apendicite é uma inflamação do apêndice, uma "pequena bolsa" ligada ao intestino grosso. Pode acontecer em qualquer idade, mas a maioria dos casos são observados entre 8 e 25 anos de idade. Raramente é visto em crianças com idade inferior a dois anos.
A apendicite é provavelmente a causa mais comum de abdome agudo (dor intensa) em jovens, cujo desfecho resulta cirurgia de emergência.

O que provoca apendicite?

Na maioria dos casos, o motivo específico para a inflamação não é conhecida, mas às vezes é causada por pequenos pedaços de fezes endurecidas (fecalito) que ficam presos no apêndice.

Quais são os sintomas de apendicite?

Os sintomas podem ser extremamente variáveis, mas muitas vezes têm um padrão clássico. O primeiro sinal é geralmente uma dor ou desconforto no centro do abdome. Essa dor vai e vem em ondas e é frequentemente considerada inicialmente uma gastrite simples.
Depois de algumas horas, a dor se torna mais intensa e constante, deslocando-se para a parte inferior direita do abdome. Observa-se intensificação dessa dor à movimentação e tosse. O paciente, geralmente perde o apetite, sente-se mal e vomita. Apresenta febre elevada e o hálito pode ter odor fétido.

Como é diagnosticada apendicite?

Geralmente, o simples exame físico é suficiente para o diagnóstico. Exames de sangue e urina são realizados para investigar a infecção.
Não existe um exame capaz de diagnosticar a apendicite com certeza, embora o US ou a CT de abdome possam ser utilizados para complemnetar o exame físico e a história clínica.
Muitas doenças podem causar os mesmos sintomas da apendicite, não sendo raros os casos de laparotomia branca, sem sinais inflamação do apêndice ao ser retirado.

Como é que a apendicite é tratada?

A remoção cirúrgica do apêndice (apendicectomia) é o procedimento de eleição. Uma incisão de 3 a 6 centímetros é feita na parte inferior do abdome do lado direito, através do qual o apêndice é removido. É realizada sob anestesia geral.
Já há uma tendência mundial em se realizar a cirurgia por via laparoscópica, embora essa técnica não pareça ter nenhuma vantagem sobre a cirurgia normal.

Nos casos simples, a alta do paciente ocorre no 2º ou 3º dia pós-operatório, quando a febre desaparece e o intestino começa a funcionar novamente. Os pontos cirúrgicos são retirados 10 dias após a operação, com  retorno à vida normal dentro de 4-6 semanas.

O que pode dar errado durante a operação?

Cerca de um quinto dos pacientes que se submetem à cirurgia podem apresentar um apêndice perfurado no momento do diagnóstico e consequentemente da cirurgia. Isso leva a um quadro de peritonite (inflamação com infecção do peritônio, que é a membrana que envolve os órgãos abdominais), o que requer tratamento com antibióticos. Além disso, nesses casos, principalmente, ainda há risco de formação de abscessos na cavidade abdominal, o que exigirá drenagem da secreção (pus). Há ainda o risco de surgimento de fístulas entre o intestino e a pele, situação mais complexa, que exige jejum prolongado do paciente além de introdução de nutrição perenteral (pela veia).
Aderências do tecido cicatricial pós-operatórias podem-se desenvolver e bloquear ou obstruir o intestino. Isso acontece em um número pequeno de pacientes, felizmente. Essa complicação geralmente ocorre dentro de três meses da operação. A obstrução intestinal pode exigir cirurgia de emergência.

Baseado em um texto pelo Dr. Henrik Petersen
http://www.netdoctor.co.uk/

ALERGIA ALIMENTAR

O que é alergia alimentar?


É uma reação do nosso sistema imunológico a uma quantidade normal de um determinado alimento. Esta reação acontece toda vez que o alimento é ingerido.
Mas ficar tranquilo, as alergias alimentares são raras.
São mais comuns em crianças menores de quatro anos de idade, o que se exlica pela própria imaturidade do sistema digestivo da criança.

As alergias alimentares mais frequentes são:
  • leite
  • ovos
  • amendoim
  • peixes
  • citrinos
  • tomate

 Quais são os sintomas?

Crianças com alergia alimentar podem ter sintomas diversos. Estes incluem:

  • exantema grave com erupção cutânea (pele com manchas vermelhas, típica das reações alérgicas, podendo haver inchaço de lábios e palpebras, inclusive com dificuldade respiratória nos casos mais severos) 
  • vômitos e diarréia sem motivo aparente
  • bronquite ou asma
  • coriza, rinite, sinusites de repetição, infecções de vias aéreas de repetição
  • baixo ganho de peso.
Como as alergias alimentares começam?

O sistema imunológico da criança produz uma classe de anticorpos chamados IgE em resposta a um determinado alimento. Estes anticorpos causam os sintomas alérgicos.

Qual o impacto da alergia alimentar na vida das crianças?
Quase um terço da população (33%) subtraem pelo menos um tipo de alimento de sua dieta ou a dieta de seus filhos, por acreditarem que possuem algum tipo de alergia alimentar.
Na verdade, apenas cerca de 3% crianças sofrem reações alérgicas a algum alimento, e a maioria desaparece espontaneamente antes que elas atinjam a idade de três anos.
Além disso, a criança pode passar por alguamas privações em relação a alguns alimentos, o que pode ter impacto sobre a vida social da criança (já imaginou uma criança de 2 anos ir a uma festinha de aniversário e não poder comer um pedacinho de bolo pelo simples fato de ter alergia ao leite de vaca?)

O que devo fazer se eu suspeitar que meu filho tem uma alergia alimentar?

Em caso de suspeita, contacte imediatamente o pediatra. Torna-se um erro bastante grave iniciar uma dieta restritiva para a criança, de maneira inadvertida, podendo resultar em carência nutricional importante.

Uma simples mudança no hábito intestinal não necessariamente trata-se de alergia alimentar!

É absolutamente normal alteração da consistência das fezes com a mudança do cardápio da criança.

O mais importante é relaxar. Não suponha que o seu filho sofre de uma alergia alimentar até que isso tenha sido confirmada por um especialista (pediatra, gastropediatra ou alergista).

Como são tratadas as alergias alimentares?

Uma dieta de exclusão é o principal tratamento para este tipo de alergia.

Em casos raros, até mesmo uma quantidade pequena do alimento pode causar choque anafilático (dificuldade respiratória severa e mau funcionamento do coração), podendo levar a colapso cardiorrespiratório.


Baseado em um texto do Dr. Flemming Andersen
http://www.netdoctor.co.uk/children/index.shtml