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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Entidade lista 5 dicas para evitar intoxicação de crianças em casa.

Um conjunto de organizações de saúde canadenses divulgou uma lista com cinco dicas para que pais evitem a contaminação de crianças por substâncias tóxicas em casa.

Elas são: evitar o acúmulo de poeira, optar por produtos de limpeza sem perfume e menos tóxicos, tomar cuidado durante reformas, evitar certos tipos de plásticos e, na alimentação, evitar certos tipos de peixe que absorvem grandes quantidades de mercúrio.
A campanha de conscientização a respeito dos efeitos da poluição ambiental sobre o cérebro em desenvolvimento foi financiada pelo governo do Canadá e inicialmente se dirige à população do país, mas se aplica na prática a pais e futuros pais em qualquer parte do mundo.
"Se os pais adotarem práticas simples nessas cinco áreas, podem reduzir significativamente a exposição dos seus filhos a substâncias tóxicas e até economizar dinheiro", disse Erica Phipps, diretora da Canadian Partnership for Children's Health and Environment (Parceria Canadense para o Ambiente e a Saúde da Criança, CPCHE).

Poeira

Aspirar o pó ou passar pano úmido com frequência para eliminar poeira é a primeira recomendação dos especialistas.
"A poeira em casa é uma grande fonte na exposição de crianças a substâncias tóxicas, incluindo o chumbo, que mesmo em níveis baixos, é conhecido por prejudicar o desenvolvimento do cérebro", disse Bruce Lanphear, especialista em saúde ambiental infantil e consultor do CPCHE.
"O cérebro em desenvolvimento de um feto ou de uma criança é particularmente sensível aos efeitos neurotóxicos do chumbo, mercúrio e outras substâncias tóxicas", explicou Lanphear. "Uma criança absorve 50% do chumbo ingerido, enquanto um adulto absorve 10%".
Segundo o especialista, a criança tende a colocar a mão na boca com frequência, o que aumenta ainda mais os riscos de que ela absorva essas substâncias tóxicas.

Produtos de Limpeza

Os pais podem reduzir o grau de exposição da família a produtos químicos tóxicos e economizar dinheiro ao optar por produtos de limpeza mais ecológicos.
O bicarbonato de sódio pode ser usado para esfregar banheiras e pias, e vinagre diluído em água funciona bem para limpar janelas, chão e outras superfícies, disseram os especialistas.
Evitar o uso de purificadores de ar e optar por sabão sem perfume para lavar roupa pode reduzir a exposição das crianças a substâncias químicas usadas na fabricação de fragrâncias - associadas, em estudos, a distúrbios nas funções hormonais.
Reforçando recomendações feitas por entidades médicas, entre elas a Canadian Medical Association, os especialistas também desaconselharam o uso de sabão antibactericida.

Cuidados em Reformas

Quando houver reformas em casa, mulheres grávidas e crianças devem ficar longe das áreas afetadas pela obra. Isso evita sua exposição à poeira resultante da reforma - contaminada por substâncias tóxicas - e aos gases tóxicos liberados por tintas, cola e outros produtos.
Áreas não afetadas pela reforma devem ser cuidadosamente isoladas com o uso de plásticos. E a poeira deve ser aspirada durante e após a obra.

Cuidados com Plásticos

Certos plásticos devem ser evitados, especialmente quando se serve ou guarda alimentos. Os especialistas canadenses advertem os pais contra o uso de vasilhas de plástico ou de embalagens plásticas no micro-ondas, mesmo quando a etiqueta diz que o produto é seguro para uso no micro-ondas.
Produtos químicos presentes no plástico podem contaminar o alimento ou a bebida - eles explicam.
Comer alimentos frescos ou congelados sempre que possível reduz a exposição ao Bisfenol A, presente na maioria das embalagens de comida e bebida. O produto está associado a uma ampla gama de problemas de saúde, entre eles, problemas de desenvolvimento no cérebro e disfunções endócrinas.
Os especialistas também alertam contra produtos feitos de PVC, também conhecido como vinil. Ele contém um tipo de substância química chamada ftalato, que está associada a diversos problemas de saúde.
Ftalatos podem ser encontrados em cortinas de banheiro, babadores e até capas de chuva.
Os especialistas aconselham que os pais joguem fora brinquedos e mordedores feitos com este tipo de plástico.

Peixe Seguro

Para reduzir a exposição das crianças ao mercúrio, um metal que é tóxico para o cérebro, os especialistas aconselham que sejam escolhidas variedades de peixe que absorvem menos mercúrio, como cavala do Atlântico, truta, arenque, salmão selvagem ou em lata e tilápia.
Se for servir atum, procure as variedades "leves", que absorvem menos mercúrio do que a variedade albacore (atum branco).

domingo, 12 de junho de 2011

Os 10 sinais de alerta para imunodeficiência primária

O sistema imunológico normal possui duas ações de trabalho para manter a função normal do hospedeiro: a resposta imunológica inespecífica e a específica. Qualquer desequilíbrio em alguma parte da resposta imunológica pode resultar em uma inabilidade de controlar a infecção com doença subjacente. As imunodeficiências incluem uma variedade de doenças que deixam os pacientes mais susceptíveis a infecções e são classificadas em primárias e secundárias. Imunodeficiência primária deve ser suspeitada em todo o paciente com infecções recorrentes inexplicadas, infecções oportunistas, infecções que não respondem à terapia e que apresentam déficit pôndero-estatural.
As mães, muitas vezes, procuram explicação para as repetidas infecções de vias aéreas superiores (IVAS) que acometem seus filhos, e quase nunca aceitam a explicação do pediatra que, principalmente no início das atividades coletivas (creches, principalmente), é comum que seus filhos tenham de 6-8 IVAS por ano. Acham sempre que seus filhos têm a imunidade baixa. E cobram do pediatra um tratamento preventivo, ou uma outra explicação para tantas gripes e resfriados que acometem seus anjinhos.

Sendo assim, vão aí os 10 sinais de alerta para imunodeficiência primária:
Adaptado da Fundação Jeffrey Modell e Cruz Vermelha Americana

1. Duas ou mais Pneumonias no último ano

2. Oito ou mais novas Otites no último ano

3. Estomatites de repetição ou Monilíase por mais de dois meses

4. Abscessos de repetição ou ectima

5. Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite,

septicemia)

6. Infecções intestinais de repetição / diarréia crônica

7. Asma grave, Doença do colágeno ou Doença auto-imune

8. Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por Micobactéria

9. Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada a Imunodeficiência

10. História familiar de imunodeficiência

É importante que o pediatra e o imunologista/alergologista considere outras condições que podem levar a infecções de repetição:

• Doenças circulatórias
– defeitos cardíacos congênitos, doenças hematológicas, nefropatias, diabetes;

• Doenças obstrutivas
– estenoses do trato urinário, asma brônquica, rinite alérgica, obstrução da tuba auditiva, fibrose cística (ver postagem específica), corpo estranho em vias aéreas;

• Defeitos tegumentares
– eczemas/alergias, queimaduras, fraturas de crânio, doenças do trato sinusal;

• Fatores microbiológicos incomuns
– infecções crônicas por organismos resistentes, resistência antibiótica, reinfecção contínua (suprimento de água contaminada, contato infeccioso, equipamento de terapia inalatória contaminado);

• Corpo estranho
– defeitos no septo ventricular (coração), cateter venoso central, válvula cardíaca artificial, cateter urinário, aspiração de corpo estranho/doença do refluxo gastroesofágico (ver postagem específica);

• Imunodeficiência secundária
– desnutrição, prematuridade, linfoma, esplenectomia, uremia, terapia imunossupressora, enteropatia perdedora de proteína.

domingo, 5 de junho de 2011

Virose... Mas que diabos é essa tal virose?!

Que queixa mais chata e incômoda que a febre nos nossos filhos?
E quer uma resposta mais irritante ainda do que quando o pediatra nos diz que é apenas uma VIROSE?
Pois podem crer: o pediatra tem grande chance de estar certo sem nem mesmo examinar seu filho (80%, para ser mais exato).

As infecções de vias aéreas superiores (IVAS) são as doeças mais comuns na infância e as maiores responsáveis pelas consultas em pediatria. São inevitáveis e acomente as crianças umas 5-8 vezes por ano, pelo menos, com tendência a ficarem mais frequentes quando seus filhos frequentam creches ou escolas.
As IVAS que se caranterizam por FEBRE, coriza, lacrimejamento, prostração.
Podemos diferencias dois grandes grupos: os resfriados e as gripes.
Os resfriados são mais amenos, com poucos sintomas e praticamente sem repercussão sobre o estado geral do paciente. Já nas gripes, a febre e a prostração é um pouco maior, podendo vir acompanhado de rinite, sinusite, conjuntivite, laringite, com perda de apetite e vômitos, estes últimos principalmente na vigência da febre.
Existem mais de 200 sorotipos de vírus causadores das gripes e resfriados e os exames de rotina, tais como hemograma, não conseguem distinguir o virus causador da tormenta. Por isso, não crussifique seu pediatra se ele não der a resposta que você gostaria de ouvir ou se disser que não sabe o nome do virus e que o exame clínico é suficiente para se tomar a conduta final.
Uma avaliação criteriosa por parte do médico, com avaliação do estado geral do paciente, ausculta pulmonar, observação de garganta e ouvidos (otoscopia) deixa, pelo menos, a mãe tranquila quanto à não necessidade do uso de antibióticos.
O tratamento desses quadros se faz apenas com uso de medicações sintomáticas, tratando a febre e instilando soro fisiológico nas narinas ou com uso de descongestionantes nasais tópicos, nos casos em que a obstrução é mais intensa, impediando o sono e a amamentação dos mais pequenos.
O uso de antibióticos para prevenir complicação bacteriana deve ser evitado, pois não tem esta propriedade, podendo levar, inclusive, a infecções resistentes aos antibióticos habituais.
A vitamina C não tem nenhum efeito curativo ou preventivo das IVAS.
Uma medida caseira, mas que pode ser utilizada, são os chás, principalmente aqueles que contenha alho (Expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório, antibiótico, antisséptico, vermífugo - segundo o site da USP), mel e limão. Outras plantas que podem ser utilizadas são a cebola, o sabugueiro, a carqueja, o mamão e o picão-preto (para mais informações, pesquisar em http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/).

Escabiose

A escabiose é uma infestação causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.
O sintoma mais frequente da escabiose é o prurido, principalmente noturno. Os indivíduos afetados geralmente têm manchas e pápulas eczematosas especialmente entre os dedos, região da virilha, axilas, punhos e linha da cintura.
A forma de contágio se dá através do contato direto com outros indivíduos infectados.
Geralmente o diagnóstico é feito apenas com a história característica (prurido noturno principalmente nos locais mais característico) e contato com outras pessoas com os mesmos sintomas.
O tratamento deve ser direcionado a todos os membros da família. O pricipal medicamento utilizado é o creme de permetrina 5%.
O creme é aplicado a partir do pescoço para baixo. O paciente e seus familiares devem ser instruídos a aplicar o creme também sob as unhas. O creme é mantido na pele durante a noite e lavado pela manhã.
Qualquer roupa vestida nos últimos três a quatro dias, incluindo roupas de cama, devem ser lavadas pela manhã. Os bichos de pelúcia devem ser colocados em sacos plásticos por 4-5 dias.
Segundo o CDC norte-americano, "uma vez fora do corpo humano, os ácaros não sobrevivem mais de 48 a 72 horas."
 Outra opção de tratamento é a ivermectina oral, a qual deve ser prescrita principalmente para pacientes imunocomprometidos.