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sábado, 26 de outubro de 2013

PROLAPSO DA VALVA MITRAL



O que é Prolapso da Válvula Mitral (PVM)?

O PVM também conhecido como Síndrome de Barlow é a anormalidade valvar mais comum do coração, afetando 5 a 10% da população mundial.

A valva mitral normal compõe-se em dois finos folhetos localizados entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Estes folhetos, em formato de paraquedas, ligam-se à parede interna do ventrículo esquerdo por uma série de feixes tendinosos, chamados de cordoalhas. Quando o ventrículo se contrai, os folhetos da válvula mitral se ajustam perfeitamente, evitando o refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo. Quando os ventrículos relaxam, os folhetos da valva se abrem permitindo que o sangue oxigenado dos pulmões encha o ventrículo esquerdo. Nos pacientes com Prolapso da Válvula Mitral, o aparelho mitral (valvas e cordoalhas) é acometido por um processo chamado degeneração mixomatosa, onde a estrutura proteica do colágeno, o tecido que compõe as valvas, leva ao espessamento, alargamento e redundância dos folhetos e cordoalhas. Quando o ventrículo se contrai, os folhetos redundantes projetam-se (prolapsam) para o átrio esquerdo, chegando às vezes a permitir a regurgitação (escape) do sangue para dentro do átrio esquerdo. Quando importante, a regurgitação mitral pode levar a insuficiência cardíaca e a anormalidades do rítmo do coração.

Muitos pacientes são totalmente assintomáticos, enquanto outros podem apresentar inúmeros sintomas como os descritos abaixo. A síndrome do Prolapso da Válvula Mitral tem uma forte tendência hereditária, embora a causa exata seja desconhecida. Os membros da família afetados frequentemente são altos, magros, com grandes dedos e coluna reta. São frequentemente acometidas mulheres entre vinte e quarenta anos, mas também os homens apresentam PVM.

O que sente o paciente com prolapso da válvula vitral?

Muitos pacientes com PVM de nada se queixam, mas dentre as queixas mais comuns, está a fadiga em primeiro lugar. Talvez como resultado de um desequilíbrio do sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso autônomo controla a freqüência cardíaca e a respiração, de onde um desequilibrio poderia causar inadequeda oxigenação sangüínea durante exercício e, consequentemente, fadiga e palpitações. Em muitos pacientes com PVM a palpitação é o sintoma mais expressivo. Nestes pacientes existe um potencial para o aparecimento de sérias anormalidades do ritmo cardíaco, requerendo adequada avaliação e a instituição de tratamento apropriado. A dor aguda ou pontadas no peito prolongadas são frequentes em portadores de PVM. A dor no peito raramente ocorre após o exercício e pode não responder aos nitratos (isordil). Ansiedade, ataque de pânico e depressão estão associados ao Prolapso da Válvula Mitral. Como a fadiga, estes sintomas talvez estejam relacionados ao desequilíbrio do sistema nervoso autônomo. O PVM pode estar associado ao derrame cerebral em pacientes jovens, nos quais pode ser observada uma tendência aumentada a coagulação sangüínea secundária a adesividade anormal dos elementos da coagulação chamadas plaquetas. A infecção valvular, chamada de endocardite, é uma complicação rara, porém mais séria do PVM, requerendo internação e tratamento intenso com antibióticos e até mesmo, cirurgia.

É necessário salientar, entretanto, que a imensa maioria dos pacientes com PVM evolui sem qualquer problema e sem necessitar nenhum tipo de restrição nos hábitos de vida. E, mais ainda, é muito frequente encontrar-se, durante um ecocardiograma, um prolapso da valva sem sinais de degeneração mixomatosa, condição benigna que só necessita de algum tipo de cuidado especial quando associada a regurgitação mitral.

Como o Prolapso da Válvula Mitral é diagnosticado e avaliado?

Através do uso de um estetoscópio pode se detectar à ausculta cardíaca um estalido ("click") característico. Existe uma associação entre o escape ou regurgitação de sangue através da válvula mitral e um ruído ou sopro que pode ser escutado após o som do click. A ecocardiografia (imagem ultrassônica do coração) é bastante usado no prolapso da v. mitral, podendo medir a intensidade do PVM e graduar a regurgitação mitral.

Um holter de 24 é uma gravação contínua do eletrocardiograma, permitindo a detecção de anormalidades do ritmo cardíaco. O teste de esforço em esteira ou bicicleta permite registrar anormalidades do ritmo cardíaco ou isquemia (diminuição da irrigação sanguínea) durante o exercício e ajuda o médico a decidir qual o nível de exercício satisfatório para o paciente.

Qual o tratamento para os portadores do Prolapso da Válvula Mitral?

A vasta maioria dos pacientes com PVM tem excelente prognóstico e não necessita de tratamento, bastando apenas a execução anual dos exames de rotina, incluindo o ecocardiograma. Uma regurgitação mitral importante em pacientes com PVM pode levar a insuficiência cardíaca, aumento do coração e anormalidades do ritmo. Pacientes com PVM e regurgitação mitral ou mesmo sem regurgitação, mas com evidência de degeneração mixomatosa ao ecocardiograma, usualmente devem tomar antibióticos antes de qualquer procedimento capaz de levar à introdução de bactérias na corrente sangüinea.

FONTE: http://sociedades.cardiol.br/socerj/publico/dica-prolapso.asp

FOSSETA SACRO-COCCÍGEA

A fosseta sacral é um recorte, apresentam ao nascimento, na pele sobre a parte inferior das costas. É geralmente localizado acima da prega entre as nádegas. Covinhas mais sacrais são inofensivos e não requerem qualquer tratamento.
A covinha sacral que são acompanhadas por um tufo de cabelo nas proximidades, tag pele ou certos tipos de descoloração da pele são, por vezes associada a uma anormalidade grave subjacente da coluna ou da medula espinhal. Nestes casos, médico do seu filho pode recomendar um exame de imagem. Se uma anormalidade é descoberto, tratamento depende da causa subjacente.
Os sintomas da fosseta sacral
A covinha sacral consiste de uma reentrância, ou “cova,” na pele sobre a parte inferior das costas, apenas acima da prega entre as nádegas.
Causas de fosseta sacral
A fosseta sacral é uma condição congênita, o que significa que está presente no nascimento. Não existem causas conhecidas.
Complicações da fosseta sacral
Raramente, covinhas sacrais estão associadas com uma anomalia grave subjacente da coluna vertebral ou da medula espinal. Exemplos incluem:
Espinha bífida. Uma forma muito fraca desta condição, chamada espinha bífida oculta, ocorre quando a coluna vertebral não fechar corretamente ao redor da medula espinhal, mas o cabo permanece dentro do canal espinhal. Na maioria dos casos, espinha bífida oculta não causa sintomas.
Síndrome de medula presa. A medula espinhal normalmente pendura livremente no interior do canal medular. Síndrome de medula presa é uma doença que ocorre quando o tecido ligado ao cordão espinal limita os seus movimentos. Os sinais e sintomas podem incluir fraqueza ou dormência nas pernas e na bexiga ou incontinência intestinal.
Testes e diagnóstico de fosseta sacral
A covinha sacral estão presentes ao nascimento e são evidentes durante o exame inicial de uma criança física. Na maioria dos casos, mais testes é desnecessária. Contudo, se a ondulação é muito grande ou é acompanhada por um tufo de pêlos nas proximidades, tag pele ou certos tipos de descoloração da pele, o médico pode sugerir exames de imagem para descartar problemas de coluna.
Estes testes podem incluir:
Ultra-som. Este procedimento não invasivo utiliza ondas sonoras de alta freqüência para produzir imagens de estruturas do corpo.
A ressonância magnética (RM). Se são necessários mais detalhes, o médico pode recomendar uma ressonância magnética, que utiliza as ondas de rádio e um campo magnético forte para criar imagens transversais do corpo.
Tratamentos para fosseta sacral
O tratamento é desnecessário para uma ondulação simples sacral.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

FIMOSE

Fimose é a dificuldade ou até impossibilidade de expor a glande, ou cabeça do pênis, porque o prepúcio (prega de pele que envolve a glande) estreita a passagem.
Nos primeiros meses de vida, existe uma aderência natural do prepúcio à glande. Porém, até os três anos, essa aderência desaparece na grande maioria dos meninos.
Causas
As principais causas da fimose são assaduras e cicatrizes que retraem a pele, deixando o anel do prepúcio mais estreito. Falta de higiene peniana adequada pode ser responsável pela incidência de inflamações ou infecções que deixam a abertura do prepúcio mais estreita.
Prevenção
A higiene local é a melhor maneira de prevenir a fimose, evitando assim as postites (infecção ou inflamação do prepúcio).
Exercícios ou massagens para arregaçar o prepúcio devem ser evitados, pois além de causar dor, podem provocar sangramentos e, como consequência, a formação de cicatrizes que reduzem o orifício por onde deveria passar a glande.
Tratamento
Não ocorrendo naturalmente o descolamento do prepúcio na primeira infância, o tratamento da fimose é cirúrgico e visa a facilitar a higiene do pênis, a diminuir o risco de bálano-postites (infecções do prepúcio e da glande), a corrigir a parafimose (estrangulamento da glande pelo prepúcio) e a permitir relações sexuais mais confortáveis na vida adulta.
O procedimento cirúrgico (postectomia ou circuncisão) consiste na retirada do prepúcio e o ideal é que seja realizado entre 7 e 10 anos. A criança sai no mesmo dia do hospital e, em cerca de 4 dias, pode retomar as atividades normais, mas os exercícios físicos devem ser evitados durante três semanas aproximadamente.
Recomendações
* Não force a pele da glande, nem faça massagens para aumentar a abertura do prepúcio. Isso pode provocar microtraumatismos e, posteriormente, cicatrizes que reduzem o diâmetro do anel prepucial;
* Procure realizar a higiene do pênis com atenção e cuidado;
* Trate as assaduras que por ventura ocorram na glande e no prepúcio para evitar infecções e cicatrizes;
* Leve seu filho ao médico, ao primeiro sinal de inflamação ou infecção na cabeça do pênis e/ou na pele que a recobre;
* Não adie a realização da cirurgia de fimose. Aceite-a com naturalidade e procure tranqüilizar seu filho caso ela lhe seja indicada.

domingo, 21 de julho de 2013

Cólicas do Lactente

As cólicas são comuns em bebês desde o nascimento, principalmente dos 15 dias até os três meses de vida, normalmente ocorrem no mesmo horário e causam desespero nos pais.



As mamães ficam desesperadas quando seus bebês choram compulsivamente e não há nada que os faça acalmar. Não é fome, pois ele mamou quase agora e não aceita o peito, nem fralda suja, já que acabou de tomar banho. Mamãe, isso pode ser cólica, algo normal e esperado.
As cólicas são comuns em bebês desde o nascimento, principalmente depois dos 15 dias, seguindo até os três meses de vida, normalmente ocorrem no mesmo horário. Raramente acontece em bebês com mais de seis meses de idade.
É uma sensação nova para o bebê e dói muito. O choro de cólica é estridente. Observe as seguintes características: o bebê fica inquieto, com rosto vermelho, fazendo caretas, se contorce e encolhe as perninhas até a barriguinha.
A cólica acontece por imaturidade do sistema digestivo do bebê. Essa imaturidade faz com que as paredes intestinais se contraiam e relaxem sem controle e isso pode resultar em gases e levar à cólica.
Causas - Outro motivo seria que agora o intestino está recebendo alimento e a digestão acelera seu funcionamento, provocando as cólicas. O movimento do intestino também precisa de um tempo para amadurecer e se coordenar.
O intestino do bebê é preparado para receber só o leite materno até os seis meses de vida. Esse leite pode acarretar em cólicas porque faz o intestino do bebê funcionar para digeri-lo.
Se o bebê receber outro tipo de alimentação nesse período, as cólicas podem ser piores, pois a digestão é mais difícil e requer maior trabalho do intestino. A fermentação do leite e de outros alimentos causa gases e é outro fator de cólicas.
A tensão ou o estresse do ambiente pode deixar o bebê tenso e agitado, acentuando a cólica. Pode verificar que as cólicas geralmente ocorrem ao fim do dia quando todos estão mais cansados. Se a mamãe fica nervosa, o bebê sente essa ansiedade e insegurança, por isso a mamãe tem que tentar ficar o mais tranqüila possível e passar segurança para o seu bebê com muito amor e carinho.
Recadinhos importantes - O bebê pode engolir ar quando amamenta ou se alimenta. Engolir ar aumenta as dores por gases. Uma dor por gases pode ser a pior dor que seu pequeno já sentiu, por isso o choro que não cessa por nada. É importante colocar o bebê bem inclinado para se alimentar, arrotar após as mamadas e colocá-lo para dormir de lado.
Além da posição para alimentação e colocar o bebê para arrotar, há outras maneiras de prevenir a cólica. Fazer compressas mornas na barriga do bebê como colocar uma fralda aquecida ou bolsa com água morna (verifique a temperatura para não causar queimaduras), fazer ginástica com as perninhas do bebê como se ele estivesse "pedalando" e massagear a barriga do bebê com as mãos aquecidas com movimentos circulares, todos esses procedimentos podem ser realizados durante 2 minutos cada um, de 4 a 5 vezes por dia, eles ajudam o bebê a não ter cólicas ou aliviar a dor na hora das crises. Mas atenção, você não precisa aplicar todos os procedimentos como se fosse um rodízio. Aplique um procedimento, se ele já for suficiente você não precisa realizar os outros.
Para evitar o estresse, procure manter o ambiente calmo e quieto enquanto alimenta o bebê ou nos horários mais freqüentes da cólica e descubra formas de confortá-lo, cada bebê se sente seguro e amado do seu jeito.
Não é cientificamente provado que a alimentação da mamãe pode dar cólica no bebê que amamenta. Mas há muitos relatos de mães sobre isso. Fique atenta se perceber que quando come algum tipo de alimento seu bebê tem cólica. Evite esse alimento pelo menos até os três meses de vida do seu bebê. Os agressores mais comuns são laticínios, chocolate, cafeína, melão, pepino, pimentão, frutas e sucos cítricos e alimentos condimentados.
Na hora da crise o calor ajuda na liberação dos gases que provocam a cólica. Colocar o bebê barriga com barriga com você com as perninhas encolhidas, de barriga no seu antebraço, uma bolsa térmica com água morna na barriga do pequeno ou massagear a barriguinha ajudam na eliminação da dor.
Como os homens têm a temperatura do corpo um pouco mais elevada que as mulheres pode ser que as cólicas se resolvam mais rápido quando o bebê é colocado na barriga ou no antebraço do papai ou quando é o papai que faz as massagens.
Nada de chá - Não faça uso de chás para resolver o problema. O chá pode provocar ainda mais cólica já que o intestino do bebê ainda está imaturo. Ou o chá simplesmente por ter um efeito calmante faz seu bebê dormir, mas não resolve a cólica. Só use remédios com prescrição médica.

(Bruno Rodrigues)

Fonte: http://guiadobebe.uol.com.br/como-livrar-meu-filho-das-colicas/

Alergia a picadas de insetos - o pesadelo do verão

Departamento Científico de Dermatologia

Com a chegada da primavera e do verão, as crianças brincam mais ao ar livre e com pouca roupa. Como o calor favorece a multiplicação de insetos, neste período aumenta também o número de crianças com alergia.
No momento da picada, o inseto injeta sua saliva na pele da criança. Se ela é alérgica, o local poderá ficar avermelhado e coçando muito. O efeito dura de 7 a 10 dias. A coçadura pode criar pequenas feridas e deixar manchas brancas que desaparecem em poucos meses. Em alguns casos, pode ocorrer infecção por bactérias, o que deixará uma ferida amarelada.
A alergia começa quando a criança tem entre 1 e 2 anos de idade, e a pele vai ter “bolinhas” que pioram nos períodos de calor. Em alguns casos a coceira pode incomodar até para dormir.
Mas saiba que, ao longo do tempo, as lesões vão diminuir e quando a criança chegar próximo dos 8 a 10 anos, praticamente não terá mais reação alérgica.
Alguns pais pensam que seu filho tem alergia a alimentos ou ao calor, e acabam retirando alimentos que são importantes para o crescimento da criança. Não corra este risco. A forma da lesão pode indicar que foi uma picada de inseto, mas só o seu pediatra poderá dizer se a reação é ou não alergia à picada.
Veja como suspeitar de alergia à picada de inseto
• Se as lesões ocorrem mais nos períodos quentes, quando aumentam os insetos.
• Bolinhas avermelhadas nos braços e pernas, geralmente provocadas por pernilongos.
• Bolinhas alinhadas - um banquete dos insetos (café/almoço/jantar) que podem ser ácaros, percevejos de colchões, ou piolhos de aves.
• Bolinhas alinhadas próximas ao elástico da calcinha, provavelmente provocadas por pulgas.
O pediatra pode receitar medicamentos que melhoram a coceira e os pais poderão adotar alguns cuidados para que a criança seja menos castigada pelos insetos.
Prevenindo as picadas de insetos
• Coloque telas nas janelas ou feche-as antes das cinco da tarde, para que os insetos não entrem.
• Coloque mosquiteiro de tecido fino sobre a cama de seu filho.
• Quando a criança for brincar ao ar livre, vista-a com roupas finas, mas de mangas compridas e com punhos fechados para cobrir braços e pernas.
• Elimine os formigueiros do quintal ou, se isso não for possível, vista a criança com calçados fechados.
• Os repelentes podem ser tóxicos para crianças. Só o pediatra poderá indicar o que usar.
• Elimine as pulgas dos cães e gatos, pois elas também podem picar os seres humanos.
O que fazer no local das lesões
• Mantenha o local limpo, lavando com água e sabonete.
• O pediatra indicará a medicação para que a criança fique confortável.
• Não aplique substâncias caseiras.
Com todos estes cuidados, curta o verão com seu filho!

Fonte: www.conversandocomopediatra.com.br
 


Transporte seguro de crianças como passageiras de automóveis

Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente

Os assentos de segurança específicos para o transporte de crianças em automóveis existem e têm características adequadas às diversas fases do crescimento, desde o nascimento até o momento em que o adolescente atinge 1,45m de altura, quando pode utilizar o cinto de segurança.
Desde a alta da maternidade, o bebê recém-nascido deve ser transportado em assento de segurança apropriado, no banco traseiro do veículo, virado de costas para a direção do deslocamento do veículo, como consta da nossa legislação.
Desde setembro de 2010, vigora no Brasil a Resolução Nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 28 de maio de 2008, segundo a qual, para transitar em veículos automotores, menores de dez anos devem ser transportados nos bancos traseiros, usando individualmente um dispositivo de retenção apropriado para as sua idade. A desobediência a essa resolução configura infração gravíssima, com multa de R$ 191,54 e retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.
Os modelos de assentos devem ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), seguindo a Norma Técnica NBR 14.400, que obriga os fabricantes a cumprirem as especificações de segurança. Até a presente data (outubro de 2011) foram certificados 289 modelos de assentos pelo Inmetro. Para mais informações, acesse o site do Inmetro: http://www.inmetro.gov.br/prodcert/produtos/busca.asp, no item: classe de produto, selecione “dispositivo de retenção para crianças” e a seguir em “buscar” e abre-se o menu completo dos modelos certificados até o momento, entre nacionais e importados.
Entretanto, embora a legislação brasileira tenha significado um grande avanço, infelizmente está desatualizada em relação às melhores evidências científicas, que contraindicam a migração do bebê-conforto para a cadeirinha antes de cerca de dois anos de idade; desta para o assento de elevação antes dos 18 kg de peso, o que pode ser até os sete anos de idade; assim como o cinto de segurança antes da criança ter 1,45m de estatura, o que ocorre entre nove e treze anos. Assim, cabe aos pais certificarem-se de que seus filhos utilizem os equipamentos mais seguros e adequados, independentemente da lei.
Como não existem marcas de assento de segurança que sejam por consenso as mais seguras ou o melhores, o ideal é aquele que melhor se adapta no banco traseiro do carro e que seja utilizado corretamente a cada transporte. Preço, modelo e marca não deve influenciar na escolha do assento, que deve, antes de tudo, ser testado no carro, sua instalação feita de acordo com as especificações dos fabricantes do veículo e do próprio assento.

Os modelos de assentos infantis estarão indicados conforme a fase do crescimento (peso e/ou altura) da criança:

1º modelo: Assento infantil tipo bebê-conforto
Deve ser usado desde o nascimento até que a criança tenha dois anos de idade ou que tenha ultrapassado o limite máximo de peso ou altura permitido pelo fabricante do assento. Deve ser instalado de costas para o painel do veículo, preferentemente no meio do banco de trás, preso pelo cinto de segurança de três pontos.
As faixas do cinto de segurança desse modelo de assento (de cinco pontos) devem passar pelos ombros e entre as pernas da criança e ficar presas na estrutura do assento. Estes modelos podem ter um acessório que firma o pescoço do bebê.


2º modelo: Assento tipo cadeirinha voltada para frente
Toda criança com mais de dois anos de idade ou que tenha ultrapassado o limite máximo de peso ou altura permitido para o seu assento tipo bebê-conforto deve usar a cadeirinha dotada de cinto de segurança próprio, pelo maior tempo possível, até atingir o limite máximo de peso ou altura permitido pelo fabricante. Vários modelos de cadeirinha de segurança acomodam crianças pesando até 30 a 36 kg, isto é, ao longo de toda a idade escolar. O menor limite máximo de peso nas cadeirinhas de segurança disponíveis é 18 kg, que as crianças podem atingir entre três e sete anos de idade.


3º modelo: Assento de elevação ou “booster”
Toda criança cujo peso ou estatura tenha ultrapassado o limite máximo permitido para a cadeirinha de segurança deve usar um assento de elevação, até atingir a estatura de 1,45m (o que pode ocorrer entre nove e treze anos de idade) e que o cinto de segurança do veículo adapte-se com perfeição, a porção subabdominal passando pela pelve, a porção do ombro passando pelo meio do ombro e do tórax e os pés encostando no assoalho. O assento elevador deve ser colocado no banco de trás, posicionado nas laterais, local este que promove segurança à parte superior do tronco e à cabeça. No assento elevador, a criança ficará sempre contida pelo cinto de três pontos do carro, a faixa transversal passando pelo meio do ombro e a subabdominal pelas saliências ósseas do quadril. Se o carro somente tiver cintos subabdominais no banco traseiro, não deve ser usado um assento de elevação.

 

Recomendações:
Todas as crianças devem viajar sempre no banco traseiro até os treze anos de idade, para sua maior segurança, ainda que a legislação brasileira o permita a partir dos dez anos. Maiores de treze anos e com mais de 1,45m poderão sentar no banco da frente, como passageiros, no momento que conseguirem encostar os dois pés totalmente no chão do veículo, utilizando o cinto de três pontos de maneira correta.
Consultar sempre o manual que vem com a cadeirinha, para aprender como instalar cada modelo de forma correta.
A cadeirinha deverá estar presa ao banco pelo cinto de segurança do veículo. Para testar sua efetiva fixação, dobre uma perna e apoie o joelho em seu assento e puxe com força. Revise periodicamente para observar afrouxamento ou desconexão do equipamento.
O modelo escolhido deve ter norma técnica do país de origem e ser certificado pelo Inmetro, deve se adaptar de forma correta no banco do carro e ser confeccionado de material resistente e durável.
O tecido que reveste o assento deve ser resistente e macio, além de não esquentar com facilidade.
A partir do momento que a cadeirinha ficar pequena para a criança, ou sua cabeça ultrapassar o limite superior da cadeira, um novo modelo deve ser adquirido.
A criança nunca deve utilizar a faixa transversal atrás dos braços ou colocá-la nas costas, já que o uso exclusivo da faixa abdominal não garante a proteção do tronco.
Pais que dão o exemplo, ao obedecer às regras de trânsito, ao utilizar SEMPRE o cinto de segurança e ao adotar uma atitude firme para com seus dependentes, com a utilização correta dos assentos desde seu nascimento, terão a garantia de um transporte seguro e eficiente, além do respeito de seus filhos.

Saiba mais: American Academy of Pediatrics. Car Safety Seats: A Guide for Families 2011.
http://www.healthychildren.org/English/safety-prevention/on-the-go/pages/Car-Safety-Seats-Information-for-Families-09.aspx

Fonte: www.conversandocomopediatra.com.br / www.sbp.com.br

sexta-feira, 29 de março de 2013

CÓLICAS DO LACTENTE

 
Departamento de Aleitamento Materno da SBP

 A cólica do bebê é transitória e aparece geralmente na segunda semana de vida, acabando em torno do quarto mês, em uma criança saudável. A cólica pode durar até três horas por dia e normalmente acontece no final da tarde ou à noite. Além do choro, o bebê fica irritado e agitado.

Como diferenciar o choro por cólica do choro de fome
O bebê chora por diversas razões: fome, frio, sono, calor, dor, incômodos por fralda molhada ou apertada ou até porque quer aconchego e carinho. Com o tempo, a mãe vai aprendendo a identificar o motivo de choro do seu bebê. No entanto, a criança que chora por fome se acalma assim que mama. Isso não acontece quando o choro é por cólica.

Como evitar as cólicas
Tente manter a calma e lembre-se que as cólicas acontecem em um bebê saudável e que vão passar em poucos meses. A ansiedade da mãe não ajuda a acabar com a cólica, mas algumas ações podem amenizar a dor:
- um ambiente tranquilo e uma música suave ajudam a relaxar mãe e filho;
- um banho morno também ajuda a descontrair;
- movimentos nas pernas do bebê, como “pedalar no ar” podem auxiliar a eliminar o excesso de gases;
- massagem na barriguinha do bebê, sempre no sentido horário, mobiliza os gases;
- compressas mornas na barriguinha com toalhas felpudas passadas a ferro têm efeito analgésico (teste antes o calor da toalha em sua própria face).
Porém, o mais importante é ter paciência para acalmar o bebê, aconchegando-o no colo, barriga com barriga, ou apoiado de bruços na extensão do antebraço dos pais.
Oferecer chá ao bebê não acaba com a cólica e pode prejudicar a amamentação. Remédios “contra gases” têm pouca eficácia.

Relação entre cólica e dieta materna
As causas das cólicas do primeiro trimestre não são bem conhecidas, mas parecem ter relação com uma relativa imaturidade do bebê; e vão melhorar com seu crescimento, sem deixar sequelas.
A alimentação materna como possível causa da cólica ainda é controversa. A cólica pode ocorrer tanto em bebês amamentados no seio quanto naqueles amamentados com leite de vaca (fórmulas). Entretanto, existe a possibilidade de alguns alimentos (leite de vaca, soja, trigo, nozes) passarem para o leite materno e provocarem cólicas. No entanto, esses alimentos só devem ser retirados da dieta da mamãe caso as cólicas estiverem associadas com outros sintomas gastrintestinais que indiquem alergia alimentar, como a presença de rajas de sangue nas fezes do bebê.
Ao primeiro sinal de sangue nas fezes do bebê, seu pediatra deve ser consultado imediatamente.
E lembre-se, o ideal é prolongar ao máximo o aleitamento materno porque o leite de vaca tem alto poder de causar alergia.


O SONO DA CRIANÇA


Grupo de Estudos do Sono da SBP

Durante a infância, a criança vivencia constantes modificações no sono que refletem o grau de maturidade e desenvolvimento do sistema nervoso central.
Do nascimento até o 6º mês de vida, o sono vem em ciclos de 3 a 4 horas no primeiro mês de vida, independente de ser noite ou dia. Entre o primeiro e o quarto mês, o bebê vai se adaptando progressivamente à luz e fazendo um sono mais longo quando é noite.
O primeiro indício de que o bebê está adequando seu ritmo biológico ao dia de 24 horas é entre a 3ª e a 4ª semana de vida. O bebê fica mais agitado e chorando, geralmente no final da tarde ou início da noite (entre as 17 e 22h). É a chamada “hora da cólica”.
Em torno do 6º mês de vida, os períodos de sono já chegam a 6 horas, geralmente com dois períodos noturnos separados pelo despertar para mamar. A consolidação do sono noturno ocorre gradualmente a partir daí.
Entre 2 e 3 anos, o sono noturno deve estar consolidado. Os períodos de sesta durante o dia tendem a diminuir e até acabar. A dificuldade de separação dos pais se reflete na ansiedade, na dificuldade de dormir e nos medos noturnos. Nesta fase é fundamental manter as rotinas para dormir. Os distúrbios do sono são comuns entre 20 e 30% das crianças nesta faixa etária.
Se seu filho está na pré-escola, procure evitar a sesta no final da tarde. Ela pode interferir no sono noturno. Nesta faixa, cerca de 15 a 30% das crianças ainda têm distúrbios de sono.
A transição para o padrão adulto de sono inicia a partir dos 5 anos e vai até os 12. O horário de acordar é fixo nos dias de escola. São frequentes, nesta faixa, os pesadelos e as parassonias (movimentos anormais que resultam na interrupção do sono).
Na adolescência, ocorre aumento fisiológico de sonolência diurna, pela privação de sono. Em dois anos, o tempo total de sono diminui cerca de três horas (de 10 para 7 horas), provocando um débito de sono. Ocorrem diferenças entre dias de semana e fins de semana, quando o jovem dorme mais. É frequente, nesta idade, o sono demorar para chegar, podendo atrasar de uma a 3 horas.
A tabela abaixo evidencia as modificações principais no tempo de sono do nascimento a adolescência. 
 
IdadeMédia de horas de sonoCaracterísticas do sono
 Recém-nascidos (0 a 30 dias de vida) 16 a 20 horas Ciclos de sono com 1 a 4 horas de duração, intercalados por período de vigília de 1 a 2 horas, independente de ser noite ou dia.
 Lactentes 
(1 a 12 meses)
 14 a 15 horas (em torno do 4º mês de vida) e 13 a 14 horas (em torno do 6º mês de vida) Entre 6 semanas e 3 meses começa a ocorrer diferenciação dos ciclos de sono diurnos e noturnos, que ficam mais longos. Após os 6 meses, observa-se sestas diurnas (em torno de duas por dia) que podem durar de 2 a 4 horas.
 1 a 3 anos 12 horas Sono noturno consolidado e uma sesta por dia (1,5 a 3,5 horas).
 3 a 6 anos 11 a 12 horas Redução das sestas. Em torno de 4 a 5 anos não ocorrem mais sestas diurnas.
 6 a 12 anos 10 a 11 horas Observa-se diferença em relação à duração do sono noturno em dias de semana e fins de semana.
 Adolescentes (> 12 anos) Ideal = 9 horas 
Real = 7 horas
 Esquema de horários irregular, atraso do sono.
 Modificado de: Mindell JA, Owens J. A Clinical Guide to Pediatric Sleep. Editora Lippincott, Williams & Wilkins, 2003.

terça-feira, 12 de março de 2013

ALIMENTAÇÃO NO PRIMEIRO ANO DE VIDA

Até completar 6 meses: recomenda-se aleitamento materno exclusivo
Ao completar 6 meses: aleitamento materno, papa de frutas, papa salgada (sopinhas) no almoço
Ao completar 7 meses: introduzir a segunda refeição salgada
Ao completar 8 meses: gradativamente, passsar para a alimentação da família
Ao completar 12 meses: alimentação da família

* Um erro muito comum, é a oferta da "sopinha"liquidificada. Trata-se de um grave erro, haja vista que não estimula a mastigação da criança, crinando-se um hábito pouco saudável, e assim dificultando a passagem da alimentação complementar para a alimentação da família. Nos consultórios pediátricos é muito comum se observar tal erro, principalmente quando há ansiedade dos pais para que o bebê coma mais.
* A papa salgada deve ser amassada com um garfo, com a carne desfiada
* Ao se oferecer frutas, deve-se dar preferência para a papa de frutas, pois não há a necessidade de acréscimo de água e açúcar.
* Ao se optar pelos sucos, sugerem-se frutas cujo preparo não necessite por água ou açúcar, e caso necessite, em pouquíssimas quantidades: melancia, melão, laranja, laranja lima.
* A criança saudável tem o controle do apetite regulado pelo sistema nervoso central, sendo assim, desanconselha-se forçar a criança comer além do seu limite. Sugiro que estipule um tempo limite para oferecer a dieta (30-40min), em ambiente tranquilo, preferencialmente sem utilizar-se da televisão, sem fazer da hora da refeição uma hora de estresse para a criança. Passado esse tempo, ofereça uma sobremesa (pode ser uma fruta, um suco, uma geléia, etc) e depois disso, só oferecer nova refeição no horário correto. Não premie a falta de apetite de seu filho (ou o que você considerou falta de apetite) com uma mamadeira, por exemplo, pois assim ele se acostumará com essa sua atitude e deixará de comer para ganhar de prêmio a "guloseima".
* Confie no seu pediatra. Aqueles gráficos existentes no cartão de vacinas de seu filho não estão ali para enfeite. Se seu filho está ganhando peso adequado, não adianta insistir para se prescrever "vitaminas" para abrir o apetite. 
* O gordinho de hoje será o gordinho do futuro, acrescido de biabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, fora as brincadeiras de mal gosto por parte dos colegas. Será o adulto que infartará precocemente, que terá AVC precocemente, etc, etc, etc.