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sábado, 15 de março de 2014

E se o bebê nâo dorme?

Os pais estão com olheiras e com vontade de se divorciar. A babá está quase pedindo demissão. E o menino? Para desgosto de toda a família, continua animado e dormindo pouquíssimo. É comum que nos primeiros anos de vida as crianças tenham dificuldade para iniciar o sono sozinhas, despertem muitas vezes à noite, acordem com qualquer ruído e durmam menos horas que o esperado. Tão comum que a maioria dos pais acha que não é preciso tomar providências, pois acreditam que isso passa com a idade. Nem sempre é assim. Estudos mostram que a insônia infantil atinge 35% das crianças com menos de 5 anos e, se não é cuidada, pode tornar-se um problema para toda a vida. A partir do terceiro mês, o bebê começa a dormir mais à noite do que durante o dia. Uma criança entre 1 e 2 anos dorme normalmente em torno de treze horas por dia. Aos 4 e 5 anos, o período de sono é de onze horas. Quantidades menores de horas dormidas devem ser encaradas como sinal de alerta.




Há outros conselhos, todos na contramão do comportamento habitual dos pais. Não se deve cantar para a criança dormir, embalá-la no berço ou no colo, levá-la a passear de carrinho, dar uma volta de carro. Um bom modo de reeducação para o sono é criar um ritual em torno do ato de ir para a cama. Contar uma história pode levar a criança a associar a hora de dormir a um momento agradável. Em caso de choro, vale entrar no quarto para inspirar confiança, mas nada de deitar na mesma cama. O importante é que o distúrbio do sono seja resolvido logo. Primeiro, porque uma criança que sofre de insônia se torna irritada, insegura, hiperativa, com baixo rendimento de aprendizado e problemas de crescimento. Segundo, porque a vida conjugal fica prejudicada pelo cansaço e pelo nervosismo. "Para o casal, acaba sendo um método anticoncepcional", diz Flávio Alóe, neurologista do Centro do Sono do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Foi o que aconteceu com Carmem e Heller Trench. As duas filhas tiveram problemas de insônia desde pequenas e adoravam pular para a cama dos pais. "Entrei em stress profundo e, depois de tanto tempo, acordava antes mesmo de elas despertarem", conta Carmem. Andréa, hoje com 8 anos, não dormiu bem até os 6, e Marcela, com 5, ainda acorda várias vezes durante a noite. A mãe torce os dedos para que melhore com a idade.

O distúrbio do sono infantil pode ter causas físicas, como dor ou dificuldades respiratórias. Ou psicológicas, incluindo aí o sonambulismo e pesadelos. O mais freqüente, contudo, é que a culpa seja dos pais. "Mais de 95% das crianças que recebemos não dormem devido ao condicionamento errado", diz Márcia Pradella-Hallinan, do Instituto do Sono da Escola Paulista de Medicina. Há crianças cujo relógio biológico é um pouco preguiçoso. Elas realmente precisam que alguém as ensine a dormir sozinhas. Só que se isso é feito de modo errado acaba perpetuando as razões que as levam a acordar no meio da noite. "Os pais pegam no colo, acariciam, amamentam e assim condicionam o filho a dormir somente nessas condições", diz o espanhol Eduard Estivill, diretor da Unidade de Alterações do Sono do Institut Dexeus de Barcelona e autor do livro Nana, Nenê, lançado recentemente no Brasil. "Quando elas faltam, a criança não consegue cair no sono." Estivill aconselha aos pais angustiados que fiquem com a criança até que ela esteja sonolenta, mas saiam do quarto antes que pegue no sono.

Qual o melhor esporte para o meu filho?

 É o esporte que ele gostar de praticar. Não há evidências de que um esporte seja melhor do que outro para o desenvolvimento físico ou motor. Alguns esportes, por trabalharem com o impacto, podem estimular o desenvolvimento ósseo. Porém, o ideal é que seu filho tenha prazer em praticar um esporte de forma rotineira, mas sem pressões por resultados. As crianças selecionam naturalmente esportes que lhes favorecem. Uma criança mais pesada pode enfrentar dificuldades em esportes que dependam de velocidade, mas pode ser beneficiada em esportes que envolvam força. A criança mais baixa pode enfrentar dificuldades em esportes que dependam de altura para o melhor rendimento. Ainda assim, é a vontade da criança que deve prevalecer.
Quando a criança pratica um esporte, é preciso ficar atento para o seu desenvolvimento. Se ela não está ganhando peso, não está se alimentando ou está frequentemente cansada, a criança pode estar consumindo menos energia do que precisa para a prática do exercício, ou pode estar sofrendo pressões por resultados, seja do treinador, dos colegas ou mesmo dos pais.

A criança não deve ser obrigada a praticar um esporte por vontade dos pais. Como o gosto de crianças e adolescentes pode mudar de forma rápida, o ideal é que o local da prática esportiva permita a participação em diferentes modalidades, até que ela se identifique com um esporte em especial.

fonte: www.conversandocomopediatra.com.br / www.sbp.com.br