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terça-feira, 24 de novembro de 2015

ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA

          A alergia alimentar pode surgir em qualquer idade e os alimentos mais comumente envolvidos na alergia alimentar são leite de vaca, soja, trigo, ovo, amendoim, crustáceos e peixes. Em crianças de até 3 anos de idade, o alimento mais frequentemente associado a esses casos é o leite de vaca, embora a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) possa ser diagnosticada em qualquer faixa etária.
          Existem vários fatores que predispõem à APLV, dentre eles a prematuridade, lesão da mucosa intestinal (infecções) nos primeiros meses de vida ou contato precoce e esporádico com a proteína do leite de vaca, seja através do leite materno, seja pela administração ocasional de fórmula para lactentes. Sendo assim, o aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida sem dúvida alguma é um fator protetor tanto desta como de outras alergias alimentares.
          Ela pode se manifestar através de lesões na pele com coceira e inchaço, diarreia com ou sem sangue ou vômitos, e, raramente, por sintomas respiratórios como chiado no peito, tosse e espirros. A cólica do lactente pode ser uma manifestação associada à alergia ao leite de vaca.  
          O tratamento para alergia às proteínas do leite de vaca é retirar o leite e seus derivados da dieta alimentar da criança. As crianças menores precisam de um alimento adequado que substitua o leite de vaca e ofereça quantidades adequadas de nutrientes nesta fase do desenvolvimento. As proteínas dos leites de vaca e de cabra e as proteínas da soja têm muita semelhança entre si. Portanto a maioria dos pacientes alérgicos ao leite de vaca também são ao leite de cabra ou de outros mamíferos e também aos leites de soja.

Fontes: 
www.fleury.com.br
www.conversandocomopediatra.com.br
Imagem da internet (google)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Método BLW: introdução alimentar sem papinha

OPINIÃO DO DR MARCELO MADEIRA: 

"Deixo bem claro que não concordo plenamente com o método. Haverão crianças em que ele será um sucesso e, em outros casos, uma inteira lambança. Quando avalio as curvas de crescimento do cartão de vacinas, tento manter uma avaliação objetiva e não apenas subjetiva do bebê. 
Já imaginou seu filho não ganhar peso e você simplesmente ficar observando, porque é bonitinho a criança segurar frutas e legumes e levá-los sozinho à boca?!"
Pois bem... 
Todo e qualquer método, principalmente esses revolucionários, devem ser avaliados individualmente e com muita cautela. 
Eu, particularmente, ainda sou adepto (e oriento aos meus pacientes) as "velhas e queridas" sopinhas e papinhas de frutas.
Mas vamos lá...
  

O chamado Baby-ledWeaning (Desmame Guiado pelo Bebê) consiste em oferecer a comida em pedaços e permite que o bebê se sirva sozinho. Saiba mais sobre essa prática que já tem milhares de mães seguidoras em todo o mundo.















Clique no link abaixo,leia e avalie.
http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Alimentacao/noticia/2015/06/metodo-blw-introducao-alimentar-sem-papinha.html

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA PACIENTES ALÉRGICOS





- SEU FILHO PARECE ESTAR GRIPADO O TEMPO TODO?
- ELE APRESENTA CORIZA E OBSTRUÇÃO NASAL DIARIAMENTE? ESPIRRA AO MENOR CONTATO COM POEIRA, FUMAÇA OU BICHINHOS DE PELÚCIA?
- BASTA ENTRAR NAS PISCINA PARA DESENCADEAR UM QUADRO DE INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES?
- VOCÊ FUMA OU TEM ANIMAIS DOMÉSTICOS EM CASA?

PRESTE ATENÇÃO A ESSAS RECOMENDAÇÕES, POIS PROVAVELMENTE SEU PEQUENO TENHA RINITE ALÉRGICA.






A rinite alérgica é uma reação imunológica do corpo a partículas inaladas que são consideradas estranhas. Essas substâncias são chamadas de alérgenos. O nariz é a porta de entrada para o ar e substâncias carregadas por ele, e tem a função de filtrar as impurezas, além de umidificar e aquecer o ar que vai chegar aos pulmões.
O indivíduo alérgico tem uma reação exagerada aos alérgenos. Seu sistema imunológico reage de forma intensa a estas substâncias estranhas na tentativa de defesa do organismo. Na crise da rinite, a pessoa apresenta obstrução nasal, coriza, espirros e coceira no nariz. Se a pessoa tiver uma predisposição para asma, pode apresentar também uma crise de asma, com falta-de-ar e cansaço.
Sabemos que existe um componente genético nas alergias. Quando ambos os pais tem rinite, a chance de os filhos terem o problema chega a 50%. Quando a pessoa que carrega essa predisposição em contato com um alérgeno, passa a ser reativa a ele e não mais tolerar o contato. Essa reação em geral acontece nos primeiros anos de vida, mas pode ser mais tardia.



·       Retirar do dormitório tapetes, cortinas, almofadas, livros, objetos de pêlo, pelúcia ou penas, feltro, papel de parede, objetos embaixo das camas ou em cima dos armários.
·       Substituir travesseiros ou edredons de penas ou plumas por material antialérgico.

·       Revestir os travesseiros e colchões com material impermeável tipo napa, curvim ou courino.

·       Trocar a roupa de cama uma a duas vezes por semana.

·       Preferir ambientes abertos para brincadeiras das crianças a lugares fechados.

·       Evitar roupas ou agasalhos de lã ou as que soltem pêlos. Usar, preferencialmente, agasalhos de nylon, gabardine, flanela malhas de seda, couro ou camurça.

·       Evitar cortinas, tapetes e carpetes em casa, especialmente no quarto de dormir.

·       Evitar o excesso de quadros, painéis, prateleiras com livros, papel de parede. Tudo isso é prejudicial ao ambiente do alérgico, podendo desencadear crises intermitentes.

·       Evitar ambientes úmidos, abafados e o manuseio de roupas guardadas por longo tempo.

·       Evitar arrumar armários, depósitos, caixas, livros e papéis, por conterem fungos e poeira, o que é prejudicial à saúde do alérgico.

·       Não deixar que se forme mofo em sua casa, pois pode desencadear crises alérgicas, muitas vezes graves.

·       Evitar odores ativos como inseticidas espirais ou spray, tintas, vernizes, desinfetantes, ceras, gasolina, querosene. Alguns alérgicos não podem ter contato com pó-de-arroz, giz, serragens, fumaça em geral, principalmente aquela proveniente do cigarro.

O alérgico deverá estar atento aos elementos provocadores de crises. Portanto, alguns hábitos inadequados deverão ser eliminados de sua rotina, como por exemplo:

·       Criar animais de pêlo ou de pena em casa. Quando não houver outra solução, esses deverão permanecer ao ar livre, sem muito contato com o alérgico.

·       Dormir com animais de estimação e/ou brinquedos de pelúcia. Tais brinquedos, se não puderem ser descartados, devem ser levados à secadora ou ao congelador por uma noite, uma vez por semana, a fim de eliminar os ácaros.

·       Fumar no ambiente do alérgico (mesmo cigarros apagados ou cinzas de cigarro é prejudicial).


segunda-feira, 6 de abril de 2015

ALIMENTAÇÃO NO PRIMEIRO ANO DE VIDA - ALGUMAS DICAS

Até completar 6 meses: recomenda-se aleitamento materno exclusivo
Ao completar 6 meses: aleitamento materno, papa de frutas, papa salgada (sopinhas) no almoço
Ao completar 7 meses: introduzir a segunda refeição salgada
Ao completar 8 meses: gradativamente, passar para a alimentação da família
Ao completar 12 meses: alimentação da família

* Um erro muito comum, é a oferta da "sopinha"liquidificada. Trata-se de um grave erro, haja vista que não estimula a mastigação da criança, crianndo-se um hábito pouco saudável, e assim dificultando a passagem da alimentação complementar para a alimentação da família. Nos consultórios pediátricos é muito comum se observar tal erro, principalmente quando há ansiedade dos pais para que o bebê coma mais.

* A papa salgada (sem adição de cloreto de sódio, ou sal de cozinha) deve ser amassada com um garfo, com a carne desfiada
* Ao se oferecer frutas, deve-se dar preferência para a papa de frutas, pois não há a necessidade de acréscimo de água e açúcar.
* Ao se optar pelos sucos, sugerem-se frutas cujo preparo não necessite por água ou açúcar: melancia, melão, laranja, laranja lima.
* A criança saudável tem o controle do apetite regulado pelo sistema nervoso central, sendo assim, desanconselha-se forçar a criança comer além do seu limite. Sugiro que estipule um tempo limite para oferecer a dieta (30-40min), em ambiente tranquilo, preferencialmente sem utilizar-se da televisão, sem fazer da hora da refeição uma hora de estresse para a criança. Passado esse tempo, ofereça uma sobremesa (pode ser uma fruta, um suco, uma geléia de frutas, etc) e depois disso, só oferecer nova refeição no horário correto. Não premie a falta de apetite de seu filho (ou o que você considerou falta de apetite) com uma mamadeira, por exemplo, pois assim ele se acostumará com essa sua atitude e deixará de comer para ganhar de prêmio a "guloseima".
Confie no seu pediatra. Aqueles gráficos existentes no cartão de vacinas de seu filho não estão ali para enfeite. Se seu filho está ganhando peso adequado, não adianta insistir para se prescrever "vitaminas" para abrir o apetite. 
* O gordinho de hoje será o gordinho do futuro, acrescido de biabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, fora as brincadeiras de mal gosto por parte dos colegas. Será o adulto que infartará precocemente, que terá AVC precocemente, etc, etc, etc.

segunda-feira, 23 de março de 2015

ORIENTAÇÃO DA DIETA NOS LACTENTES


A criança deve permanecer em aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade. Até essa idade, não há necessidade de qualquer outro complemento, nem mesmo de água.

Como oriento a dieta de meus pacientes?

Vamos lá:

Após o 6º mês, a rotina alimentar deverá ser mais ou menos assim:
- até as 8h: leite materno
- 9h: fruta
- 12h: sopinha
- 15h: fruta
- 18h: sopa
- após as 18h: leite materno

* em casos em que a amamentação não seja possível, deve-se usar o leite específico para a idade (a ser indicado pelo pediatra assistente).
* não costumo acrescentar carboidratos ao leite, a menos que haja necessidade de aumento de oferta calórica.

Então vamos lá:

Aos 6 meses:
Seio materno livre
Suco de frutas 1x ao dia: melancia, melão, laranja (desde que esteja doce), laranja lima (desde que doce), ameixa, maçã, etc.
Frutas raspadas ou amassadas 1x ao dia: mamão, banana, maçã, abacate, etc.
Sugiro não oferecer frutas muito azedas que necessitem por muito açúcar.

15-30 após iniciadas as frutas:
acrescentar sopinha 1x ao dia no almoço

1 mês após iniciar a primeira sopa:
Acrescentar a segunda sopinha no jantar

SUGESTÃO PARA O PREPERO DA SOPINHA

*100g do alimento do grupo A + 1/4 xícara do grupo B + 1 ou dois legumes do grupo C + 100g de folhas do grupo D + tempero

Modo de preparo

Em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola, o alho e a carne moída (grupo A). Acrescente em seguida os demais ingredientes (Grupos B e C). Cubra com água, tampe a panela e cozinhe até que todos os ingredientes estejam bem macios e com um pouco de caldo. Junte as verduras (grupo D) e cozinhe por mais 5 minutos. Amasse todos os ingredientes com um garfo e sirva. NÃO USAR PENEIRA, LIQUIDIFICADOR, ETC.

Grupo A: Carne de vaca, frango, fígado, miúdos, ovo (2x por semana). NO PRIMEIRO MÊS, RETIRAR OS PEDAÇOS DE CARNE.
Grupo B: arroz, feijão, ervilha, grao de bico, soja, macarrão (após 8 meses).
Grupo C: cenoura, abobrinha, beterraba, batata, mandioca, chuchu, batata-doce, couve-flor (POR 1 OU NO MÁXIMO 2 LEGUMES POR SOPA)
Grupo D: espinafre, couve, acelga, folha de cenoura, repolho, alface (cortar em pedaços pequenos)
Tempero: cebola, cheiro-verde e cebolinha + (pouco) sal + óleo (esses ingredientes devem ser adicinados em pouca quantidade).
Evite o uso de cominho, corante, pimenta do reino, pimentão, pimenta de cheiro, temperos prontos em geral.



sábado, 15 de março de 2014

E se o bebê nâo dorme?

Os pais estão com olheiras e com vontade de se divorciar. A babá está quase pedindo demissão. E o menino? Para desgosto de toda a família, continua animado e dormindo pouquíssimo. É comum que nos primeiros anos de vida as crianças tenham dificuldade para iniciar o sono sozinhas, despertem muitas vezes à noite, acordem com qualquer ruído e durmam menos horas que o esperado. Tão comum que a maioria dos pais acha que não é preciso tomar providências, pois acreditam que isso passa com a idade. Nem sempre é assim. Estudos mostram que a insônia infantil atinge 35% das crianças com menos de 5 anos e, se não é cuidada, pode tornar-se um problema para toda a vida. A partir do terceiro mês, o bebê começa a dormir mais à noite do que durante o dia. Uma criança entre 1 e 2 anos dorme normalmente em torno de treze horas por dia. Aos 4 e 5 anos, o período de sono é de onze horas. Quantidades menores de horas dormidas devem ser encaradas como sinal de alerta.




Há outros conselhos, todos na contramão do comportamento habitual dos pais. Não se deve cantar para a criança dormir, embalá-la no berço ou no colo, levá-la a passear de carrinho, dar uma volta de carro. Um bom modo de reeducação para o sono é criar um ritual em torno do ato de ir para a cama. Contar uma história pode levar a criança a associar a hora de dormir a um momento agradável. Em caso de choro, vale entrar no quarto para inspirar confiança, mas nada de deitar na mesma cama. O importante é que o distúrbio do sono seja resolvido logo. Primeiro, porque uma criança que sofre de insônia se torna irritada, insegura, hiperativa, com baixo rendimento de aprendizado e problemas de crescimento. Segundo, porque a vida conjugal fica prejudicada pelo cansaço e pelo nervosismo. "Para o casal, acaba sendo um método anticoncepcional", diz Flávio Alóe, neurologista do Centro do Sono do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Foi o que aconteceu com Carmem e Heller Trench. As duas filhas tiveram problemas de insônia desde pequenas e adoravam pular para a cama dos pais. "Entrei em stress profundo e, depois de tanto tempo, acordava antes mesmo de elas despertarem", conta Carmem. Andréa, hoje com 8 anos, não dormiu bem até os 6, e Marcela, com 5, ainda acorda várias vezes durante a noite. A mãe torce os dedos para que melhore com a idade.

O distúrbio do sono infantil pode ter causas físicas, como dor ou dificuldades respiratórias. Ou psicológicas, incluindo aí o sonambulismo e pesadelos. O mais freqüente, contudo, é que a culpa seja dos pais. "Mais de 95% das crianças que recebemos não dormem devido ao condicionamento errado", diz Márcia Pradella-Hallinan, do Instituto do Sono da Escola Paulista de Medicina. Há crianças cujo relógio biológico é um pouco preguiçoso. Elas realmente precisam que alguém as ensine a dormir sozinhas. Só que se isso é feito de modo errado acaba perpetuando as razões que as levam a acordar no meio da noite. "Os pais pegam no colo, acariciam, amamentam e assim condicionam o filho a dormir somente nessas condições", diz o espanhol Eduard Estivill, diretor da Unidade de Alterações do Sono do Institut Dexeus de Barcelona e autor do livro Nana, Nenê, lançado recentemente no Brasil. "Quando elas faltam, a criança não consegue cair no sono." Estivill aconselha aos pais angustiados que fiquem com a criança até que ela esteja sonolenta, mas saiam do quarto antes que pegue no sono.

Qual o melhor esporte para o meu filho?

 É o esporte que ele gostar de praticar. Não há evidências de que um esporte seja melhor do que outro para o desenvolvimento físico ou motor. Alguns esportes, por trabalharem com o impacto, podem estimular o desenvolvimento ósseo. Porém, o ideal é que seu filho tenha prazer em praticar um esporte de forma rotineira, mas sem pressões por resultados. As crianças selecionam naturalmente esportes que lhes favorecem. Uma criança mais pesada pode enfrentar dificuldades em esportes que dependam de velocidade, mas pode ser beneficiada em esportes que envolvam força. A criança mais baixa pode enfrentar dificuldades em esportes que dependam de altura para o melhor rendimento. Ainda assim, é a vontade da criança que deve prevalecer.
Quando a criança pratica um esporte, é preciso ficar atento para o seu desenvolvimento. Se ela não está ganhando peso, não está se alimentando ou está frequentemente cansada, a criança pode estar consumindo menos energia do que precisa para a prática do exercício, ou pode estar sofrendo pressões por resultados, seja do treinador, dos colegas ou mesmo dos pais.

A criança não deve ser obrigada a praticar um esporte por vontade dos pais. Como o gosto de crianças e adolescentes pode mudar de forma rápida, o ideal é que o local da prática esportiva permita a participação em diferentes modalidades, até que ela se identifique com um esporte em especial.

fonte: www.conversandocomopediatra.com.br / www.sbp.com.br

sábado, 26 de outubro de 2013

PROLAPSO DA VALVA MITRAL



O que é Prolapso da Válvula Mitral (PVM)?

O PVM também conhecido como Síndrome de Barlow é a anormalidade valvar mais comum do coração, afetando 5 a 10% da população mundial.

A valva mitral normal compõe-se em dois finos folhetos localizados entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Estes folhetos, em formato de paraquedas, ligam-se à parede interna do ventrículo esquerdo por uma série de feixes tendinosos, chamados de cordoalhas. Quando o ventrículo se contrai, os folhetos da válvula mitral se ajustam perfeitamente, evitando o refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo. Quando os ventrículos relaxam, os folhetos da valva se abrem permitindo que o sangue oxigenado dos pulmões encha o ventrículo esquerdo. Nos pacientes com Prolapso da Válvula Mitral, o aparelho mitral (valvas e cordoalhas) é acometido por um processo chamado degeneração mixomatosa, onde a estrutura proteica do colágeno, o tecido que compõe as valvas, leva ao espessamento, alargamento e redundância dos folhetos e cordoalhas. Quando o ventrículo se contrai, os folhetos redundantes projetam-se (prolapsam) para o átrio esquerdo, chegando às vezes a permitir a regurgitação (escape) do sangue para dentro do átrio esquerdo. Quando importante, a regurgitação mitral pode levar a insuficiência cardíaca e a anormalidades do rítmo do coração.

Muitos pacientes são totalmente assintomáticos, enquanto outros podem apresentar inúmeros sintomas como os descritos abaixo. A síndrome do Prolapso da Válvula Mitral tem uma forte tendência hereditária, embora a causa exata seja desconhecida. Os membros da família afetados frequentemente são altos, magros, com grandes dedos e coluna reta. São frequentemente acometidas mulheres entre vinte e quarenta anos, mas também os homens apresentam PVM.

O que sente o paciente com prolapso da válvula vitral?

Muitos pacientes com PVM de nada se queixam, mas dentre as queixas mais comuns, está a fadiga em primeiro lugar. Talvez como resultado de um desequilíbrio do sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso autônomo controla a freqüência cardíaca e a respiração, de onde um desequilibrio poderia causar inadequeda oxigenação sangüínea durante exercício e, consequentemente, fadiga e palpitações. Em muitos pacientes com PVM a palpitação é o sintoma mais expressivo. Nestes pacientes existe um potencial para o aparecimento de sérias anormalidades do ritmo cardíaco, requerendo adequada avaliação e a instituição de tratamento apropriado. A dor aguda ou pontadas no peito prolongadas são frequentes em portadores de PVM. A dor no peito raramente ocorre após o exercício e pode não responder aos nitratos (isordil). Ansiedade, ataque de pânico e depressão estão associados ao Prolapso da Válvula Mitral. Como a fadiga, estes sintomas talvez estejam relacionados ao desequilíbrio do sistema nervoso autônomo. O PVM pode estar associado ao derrame cerebral em pacientes jovens, nos quais pode ser observada uma tendência aumentada a coagulação sangüínea secundária a adesividade anormal dos elementos da coagulação chamadas plaquetas. A infecção valvular, chamada de endocardite, é uma complicação rara, porém mais séria do PVM, requerendo internação e tratamento intenso com antibióticos e até mesmo, cirurgia.

É necessário salientar, entretanto, que a imensa maioria dos pacientes com PVM evolui sem qualquer problema e sem necessitar nenhum tipo de restrição nos hábitos de vida. E, mais ainda, é muito frequente encontrar-se, durante um ecocardiograma, um prolapso da valva sem sinais de degeneração mixomatosa, condição benigna que só necessita de algum tipo de cuidado especial quando associada a regurgitação mitral.

Como o Prolapso da Válvula Mitral é diagnosticado e avaliado?

Através do uso de um estetoscópio pode se detectar à ausculta cardíaca um estalido ("click") característico. Existe uma associação entre o escape ou regurgitação de sangue através da válvula mitral e um ruído ou sopro que pode ser escutado após o som do click. A ecocardiografia (imagem ultrassônica do coração) é bastante usado no prolapso da v. mitral, podendo medir a intensidade do PVM e graduar a regurgitação mitral.

Um holter de 24 é uma gravação contínua do eletrocardiograma, permitindo a detecção de anormalidades do ritmo cardíaco. O teste de esforço em esteira ou bicicleta permite registrar anormalidades do ritmo cardíaco ou isquemia (diminuição da irrigação sanguínea) durante o exercício e ajuda o médico a decidir qual o nível de exercício satisfatório para o paciente.

Qual o tratamento para os portadores do Prolapso da Válvula Mitral?

A vasta maioria dos pacientes com PVM tem excelente prognóstico e não necessita de tratamento, bastando apenas a execução anual dos exames de rotina, incluindo o ecocardiograma. Uma regurgitação mitral importante em pacientes com PVM pode levar a insuficiência cardíaca, aumento do coração e anormalidades do ritmo. Pacientes com PVM e regurgitação mitral ou mesmo sem regurgitação, mas com evidência de degeneração mixomatosa ao ecocardiograma, usualmente devem tomar antibióticos antes de qualquer procedimento capaz de levar à introdução de bactérias na corrente sangüinea.

FONTE: http://sociedades.cardiol.br/socerj/publico/dica-prolapso.asp

FOSSETA SACRO-COCCÍGEA

A fosseta sacral é um recorte, apresentam ao nascimento, na pele sobre a parte inferior das costas. É geralmente localizado acima da prega entre as nádegas. Covinhas mais sacrais são inofensivos e não requerem qualquer tratamento.
A covinha sacral que são acompanhadas por um tufo de cabelo nas proximidades, tag pele ou certos tipos de descoloração da pele são, por vezes associada a uma anormalidade grave subjacente da coluna ou da medula espinhal. Nestes casos, médico do seu filho pode recomendar um exame de imagem. Se uma anormalidade é descoberto, tratamento depende da causa subjacente.
Os sintomas da fosseta sacral
A covinha sacral consiste de uma reentrância, ou “cova,” na pele sobre a parte inferior das costas, apenas acima da prega entre as nádegas.
Causas de fosseta sacral
A fosseta sacral é uma condição congênita, o que significa que está presente no nascimento. Não existem causas conhecidas.
Complicações da fosseta sacral
Raramente, covinhas sacrais estão associadas com uma anomalia grave subjacente da coluna vertebral ou da medula espinal. Exemplos incluem:
Espinha bífida. Uma forma muito fraca desta condição, chamada espinha bífida oculta, ocorre quando a coluna vertebral não fechar corretamente ao redor da medula espinhal, mas o cabo permanece dentro do canal espinhal. Na maioria dos casos, espinha bífida oculta não causa sintomas.
Síndrome de medula presa. A medula espinhal normalmente pendura livremente no interior do canal medular. Síndrome de medula presa é uma doença que ocorre quando o tecido ligado ao cordão espinal limita os seus movimentos. Os sinais e sintomas podem incluir fraqueza ou dormência nas pernas e na bexiga ou incontinência intestinal.
Testes e diagnóstico de fosseta sacral
A covinha sacral estão presentes ao nascimento e são evidentes durante o exame inicial de uma criança física. Na maioria dos casos, mais testes é desnecessária. Contudo, se a ondulação é muito grande ou é acompanhada por um tufo de pêlos nas proximidades, tag pele ou certos tipos de descoloração da pele, o médico pode sugerir exames de imagem para descartar problemas de coluna.
Estes testes podem incluir:
Ultra-som. Este procedimento não invasivo utiliza ondas sonoras de alta freqüência para produzir imagens de estruturas do corpo.
A ressonância magnética (RM). Se são necessários mais detalhes, o médico pode recomendar uma ressonância magnética, que utiliza as ondas de rádio e um campo magnético forte para criar imagens transversais do corpo.
Tratamentos para fosseta sacral
O tratamento é desnecessário para uma ondulação simples sacral.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

FIMOSE

Fimose é a dificuldade ou até impossibilidade de expor a glande, ou cabeça do pênis, porque o prepúcio (prega de pele que envolve a glande) estreita a passagem.
Nos primeiros meses de vida, existe uma aderência natural do prepúcio à glande. Porém, até os três anos, essa aderência desaparece na grande maioria dos meninos.
Causas
As principais causas da fimose são assaduras e cicatrizes que retraem a pele, deixando o anel do prepúcio mais estreito. Falta de higiene peniana adequada pode ser responsável pela incidência de inflamações ou infecções que deixam a abertura do prepúcio mais estreita.
Prevenção
A higiene local é a melhor maneira de prevenir a fimose, evitando assim as postites (infecção ou inflamação do prepúcio).
Exercícios ou massagens para arregaçar o prepúcio devem ser evitados, pois além de causar dor, podem provocar sangramentos e, como consequência, a formação de cicatrizes que reduzem o orifício por onde deveria passar a glande.
Tratamento
Não ocorrendo naturalmente o descolamento do prepúcio na primeira infância, o tratamento da fimose é cirúrgico e visa a facilitar a higiene do pênis, a diminuir o risco de bálano-postites (infecções do prepúcio e da glande), a corrigir a parafimose (estrangulamento da glande pelo prepúcio) e a permitir relações sexuais mais confortáveis na vida adulta.
O procedimento cirúrgico (postectomia ou circuncisão) consiste na retirada do prepúcio e o ideal é que seja realizado entre 7 e 10 anos. A criança sai no mesmo dia do hospital e, em cerca de 4 dias, pode retomar as atividades normais, mas os exercícios físicos devem ser evitados durante três semanas aproximadamente.
Recomendações
* Não force a pele da glande, nem faça massagens para aumentar a abertura do prepúcio. Isso pode provocar microtraumatismos e, posteriormente, cicatrizes que reduzem o diâmetro do anel prepucial;
* Procure realizar a higiene do pênis com atenção e cuidado;
* Trate as assaduras que por ventura ocorram na glande e no prepúcio para evitar infecções e cicatrizes;
* Leve seu filho ao médico, ao primeiro sinal de inflamação ou infecção na cabeça do pênis e/ou na pele que a recobre;
* Não adie a realização da cirurgia de fimose. Aceite-a com naturalidade e procure tranqüilizar seu filho caso ela lhe seja indicada.