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domingo, 30 de outubro de 2011

Icterícia Neonatal

A icterícia é uma condição causada pelo acúmulo de um pigmento na pele chamado bilirrubina, o qual deixa a pele do bebê amarelada. Atinge cerca de 80% dos recém-nascidos e, embora exija cuidados simples, nunca deve dispensar o acompanhamento médico.
As causas da icteríria neonaltal são diversas, tais como  incompatibilidade de sangue entre mãe e filho, doenças infecciosos, doenças do próprio figado, dentre outras
Na maioria dos casos, a icterícia desaparece espontaneamente ou depois de mudanças na frequência da amamentação. Isso pode ocorrer quando o bebê mama poucas vezes ao dia, tendo maior dificuldade para excretar a bilirrubina pelas fezes. Mas nada de pânico. É uma situação transitória, que passa assim que a oferta de leite aumentar e o estabelecimento da lactação estiver pleno e bem-sucedido.

A icterícia costuma aparecer entre o segundo e o terceiro dia de vida e dura em média dez dias, com exceção nos que nascem prematuros, que podem apresentar formas mais intensas e prolongadas. Quando o sintoma surge depois desse período, geralmente está associado a uma doença (como infecção urinária e doenças congênitas) e precisa ser investigado com maior afinco
Para diagnosticar a icterícia, o médico pressiona com o dedo primeiramente a testa, o nariz e o tórax do bebê, pois o distúrbio costuma surgir primeiramente na cabeça e ir descendo até os pés. O curioso é que começa a desaparecer no sentido contrário: pés, pernas, barriga, braços, tórax e testa. Quando esse tipo de investigação não é suficiente, é feita uma leitura no bilirrubinômetro transcutâneo, um equipamento que, colocado na testa da criança, faz a leitura do problema sem a necessidade de coleta de sangue. Mas vale ressaltar que somente pelo sangue é possível determinar com exatidão o nível de bilirrubina.

Quando o tratamento é necessário?

Se o médico considerar que a icterícia não vai desaparecer espontaneamente, existe a possibilidade da fototerapia, o popular banho de luz. Com essa técnica, a criança é colocada num aparelho com várias lâmpadas. “A iluminação especial desencadeia uma alteração na estrutura da bilirrubina, ajudando a diluir o pigmento, que assim é mais facilmente eliminado pelo intestino”, explica Alice. Normalmente são prescritos um ou dois dias de fototerapia. Porém o tempo dependerá do quão acentuada está a icterícia.
O processo não muda a rotina de amamentação e de cuidados com o bebê. Entretanto pode acontecer de a mãe ter alta da maternidade antes do filho, o que geralmente causa angústia e expectativa. É um processo difícil, mas necessário porque, apesar de ser uma circunstância muito simples, se não for bem cuidada, a icterícia pode se agravar e causar sérios danos, como impregnar o sistema nervoso central e causar uma encefalopatia. Além disso, no futuro a criança pode vir a sofrer de algumas complicações, como anemia falciforme. Por isso, é fundamental que o bebê continue a ter o acompanhamento médico mesmo depois de ir para casa.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O significado do choro do bebê.

O desespero e a angústia passam a conviver com a mamãe que acaba de chegar da maternidade e descobre que chorar é o que seu pequeno mais sabe fazer. As dúvidas aparecem: o que ele tem? O que eu faço? Por que não pára de chorar?

A primeira forma de comunicação do bebê com o mundo é o choro. É a forma mais poderosa e eficaz de conseguir chamar a atenção dos outros para o que está sentindo. O bebê chora não somente porque está com fome ou dor, chora para demonstrar que algo o incomoda.
Decifrar o choro do bebê é um desafio que mistura intuição, conhecimento e muita percepção da mamãe. Tranqüilidade é essencial. Se a mãe ficar desesperada com o choro, o bebê sentirá isso e ficará mais tenso.
Muitas vezes uma atitude tranqüilizadora como pegá-lo no colo ou conversar acalmará o bebê que pode simplesmente querer sentir-se protegido e amado.
Tenha em mente que cada bebê reage de um jeito. Não é porque o filho da sua amiga chora de forma estridente quando está com fome que seu filho necessariamente chorará da mesma forma.
Quando o choro começar, a mamãe deve pensar em quais são as necessidades do seu bebê. Fome, cólica, estar sujo ou molhado, roupa desconfortável, sono, cansaço, frio ou calor e excesso de estímulo normalmente são as opções mais prováveis do choro.
Se todos os aspectos físicos foram verificados, desconforto emocional como falta de atenção e insegurança podem ser os motivos.
Existem dicas para traduzir os tipos de choro. Lembre-se: as crianças não são iguais, portanto, o choro varia de um para o outro.

Fome:
gemidos semelhantes a um apelo que não cessam com carinhos somente quando estiver satisfeito.

Dor:
grito agudo seguido de um pequeno intervalo.

Fralda suja ou roupa desconfortável:
choro fraquinho e estridente.

Cólica:
choro agudo e intenso, normalmente leva a criança a esticar e encolher as perninhas, tremer o queixo e fazer cara de dor.

Frio ou calor:
é um choro copioso de desconforto.

Excesso de estímulo ou irritação:
é um choro meloso que ocorre ao fim de um dia movimentado.

Sono:
criança agitada e com choro nervoso.

Emocional:
choro geralmente é acompanhado de soluços, como se o pequeno estivesse meio "engasgado" de raiva ou brabeza.

Elimine cada opção até chegar em uma que acalme seu bebê. Se o choro persistir, o bebê pode estar com febre ou com alguma dor. Não ofereça remédios sem orientação médica. Procure o pediatra do seu filho e com ele descubra o que o pequeno tem.

Dicas

0 a 3 meses – é um período que a criança tem muitas cólicas. Para evitá-las, faça massagens na barriga do seu bebê e mexa suas perninhas (bicicleta) de duas a três vezes ao dia e não somente nos períodos e cólicas.


3 a 6 meses – continue somente com leite materno, além de satisfazer a necessidade de sucção de seu bebê, não sobrecarregará o seu rim e intestino com nutrientes pesados contidos em outros tipos de alimentos, evitando assim desconfortos.


6 a 12 meses – Criança não sabe o que é manha ou birra até os 12 meses. Por isso, se a criança chorar, atenda e verifique as causas do choro.

Fonte: Site Top Baby

domingo, 17 de julho de 2011

Recomendações da AAP Sobre o Manejo da Deficiência de Ferro.

A Associação Americana de Pediatria divulgou um relatório clínico, com diretrizes para a ingestão de ferro em lactentes e crianças e para melhorar os métodos de triagem.

O relatório clínico, intitulado Diagnóstico e Prevenção da deficiência de ferro e anemia ferropriva em lactentes e crianças pequenas (0-3 anos de idade), foi publicado online em 05 de outubro de 2010 no Pediatrics.
Deficiência de ferro pode ter efeitos irreversíveis a longo prazo no desenvolvimento cognitivo e comportamental de uma criança. No momento em que a criança já desenvolve a anemia ferropriva, pode ser tarde demais para evitar problemas futuros. "(...) No momento em que a anemia ferropriva já está instalada, se tem uma deficiência de ferro por um longo tempo", disse Frank Greer, MD, professor de pediatria da University of Wisconsin School of Medicine e Saúde Pública, em Madison, e um co-autor do relatório.
Segundo o relatório da AAP, as crianças dever tem sua hemoglobina verificada entre os 9 e 12 meses de idade, e novamente entre 15 e 18 meses de idade.
(...)
Suplementos de ferro líquido ou vitaminas podem ser usados, mas há um risco de sobrecarga de ferro em algumas populações, de acordo com Michael K. Georgiev, MD, professor de pediatria e psicologia infantil e diretor do Centro para o Desenvolvimento Neurocomportamentais da Universidade de Minnesota, em Minneapolis.
"Desde que não se faça a suplementação universal, precisamos identificar as crianças que estão em risco de deficiência de ferro e começar a segmentação-los", disse Georgiev, que estuda os efeitos do desenvolvimento neurológico de deficiência de ferro em crianças.
O relatório AAP também identifica diversos fatores associados à deficiência de ferro e anemia ferropriva, incluindo prematuridade ou baixo peso ao nascer, a exposição ao chumbo, a amamentação exclusiva nos últimos 4 meses de idade sem suplementos de ferro (...). Crianças com necessidades especiais de saúde também podem estar em risco. Crianças de condição econômica desfavorável, são também motivo de preocupação, de acordo com o relatório, que recomenda uma análise selectiva para estes indivíduos.
As diretrizes também abordam meios para prevenir a deficiência de ferro através de uma dieta de alimentos naturalmente ricos em ferro, como carnes, mariscos, legumes ricos em ferro, frutas e legumes, e cereais enriquecidos com ferro. Frutas ricas em vitamina C ajudam na absorção de ferro. Algumas crianças podem necessitar de suplementos de ferro líquido ou vitaminas mastigáveis ​​para obter ferro suficiente.

A AAP recomenda quantidades variáveis ​​de ferro com base na idade de uma criança:
• Crianças saudáveis ​​têm ferro suficiente para os primeiros 4 meses de vida. Uma vez que o leite materno contém muito pouco ferro, lactentes devem ser suplementadas com 1 mg/kg por dia de ferro por via oral de 4 meses de idade até que os alimentos ricos em ferro (como cereais enriquecidos com ferro) sejam introduzidos.
• Crianças alimentadas com fórmulas de partidas ou de seguimento enriquecidos com ferro não necessitam desta suplementação.
• Crianças 6 a 12 meses de idade precisam de 11 mg/dia de ferro. Quando introduzida a alimentação complementar deve-se focar na ingestão de alimentos com teores elevados de ferro, tais como carne vermelha e vegetais, os quais devem sem introduzidos precocemente. Suplementos de ferro líquido pode ser usado se as necessidades de ferro não são atendidas pela alimantação complementar.
• Crianças 1-3 anos de idade precisam de 7 mg por dia de ferro. O ideal é que esse teor de ferro venha dos alimentos tais como carnes vermelhas, ricas em ferro vegetais, e frutas com vitamina C, que aumentam a absorção de ferro. Suplementos líquidos e multivitaminas também pode ser usado.
• Todos os prematuros devem ter pelo menos 2 mg/kg de ferro por dia até 12 meses de idade, que é a quantidade de ferro em fórmulas enriquecidas com ferro. Prematuros alimentados com leite humano deve receber um suplemento de ferro de 2mg/kg por dia.

Uma alimentação com alta biodisponibilidade de ferro deve ser diversificada, com quantidades moderadas de carne, ave, peixe e alimentos ricos em vitamina C. Para a alimentação das crianças segue algumas orientações:

•Ofereça, após as principais refeições, suco de frutas cítricas como laranja, acerola, morango, goiaba, kiwi;
•Adicione as verduras verde-escura às preparações cozidas, como por exemplo brócolis cozido no arroz, couve cozida, espinafre;
•Prepare vísceras ou miúdos ao menos uma vez por semana, como coração ou fígado de galinha cozido, tirinhas de fígado bovino acebolado. Outra forma de preparar o fígado bovino é como patê, as crianças adoram.
•Evite sobremesas a base de leite, como sorvete, pudins, creme de leite. Prefira as frutas cítricas.
•Utilize farinhas, biscoitos e outros alimentos fortificados ou suplementados com ferro.
•Não substitua refeições salgadas por alimentos lácteos, biscoitos ou guloseimas.


O Uso Prolongado de Telefones Celulares Pode Provovar Câncer?

Recentemente, "caiu" na mídia televisiva a notícia BOMBÁSTICA que o uso do telefone celular pode provocar câncer cerebral. E por algumas vezes fui abordado pelos pais de meus pacientes a respeito do assunto.
Sendo assim, fiz um estudo sobre as recentes notícias vinculadas na mídia e no site médico MEDSCAPE, que costumo ler com muita frequência, e encontrei esta reportagem que julgo tirar as dúvidas de pais e médicos a respeito do assunto.
Can Cell Phones Really Cause Brain Cancer?

John M. Maris, MD
Professor of Pediatrics, University of Pennsylvania; Chief, Division of Oncology, Director, Center for Childhood Cancer Research, The Children’s Hospital of Philadelphia, Philadelphia, Pennsylvania



Olá. Meu nome é John Maris, e eu sou Chefe da Divisão de Oncologia do Hospital Infantil de Filadélfia (CHOP). Hoje eu gostaria de falar com você sobre um relatório recente (da OMS) sobre os telefones celulares e o potencial carcinogênico dos mesmos.

Este (relatório) tem recebido a atenção da imprensa (...). O que eu quero dizer é: Não há nada para se preocupar. Como um pesquisador de câncer e alguém que passa muito tempo pensando sobre o que pode causar câncer, aplaudo a Organização Mundial de Saúde por emitir este relatório e pedir mais informações e dados sobre o assunto.
Eu acho que a maneira pela qual que foi vinculado na mídia - que os telefones celulares podem causar câncer ou que existe uma preocupação entre os especialistas que os telefones celulares causam câncer - é exagerado. O que eu realmente quero levar para a população em geral é que não há nada para se preocupar.
Quando pensamos sobre o que causa o câncer, uma das primeiras perguntas que precisamos nos perguntar é: é plausível? (...)
Telefones celulares são usados ​​muito comumente hoje em dia, e sendo assim, há uma preocupação de que a incidência de câncer pode estar aumentando em seus usuários, por isso é natural pensar que estes dispositivos dos quais nós tanto gastamos muito tempo possa ter um efeito nocivo.
Por um longo tempo, as pessoas pensavam que os cigarros não fossem prejudiciais e, apesar de alguma preocupação crescente por um longo tempo, as pessoas negavam isso. Assim, os telefones celulares são semelhantes ao cigarro ou ao tabaco? A resposta é não. Fumar provoca irritação, que tem um efeito cancerígeno, e não há uma explicação biologicamente plausível para que isso também ocorra com o uso deos aparelhos de celular.
Ondas de rádio que vêm de um telefone celular são de baixa energia. Várias pesquisas têm mostrado a energia desprendida pelos aparelhos celulares é um milhão de vezes menor, literalmente, um milhão de vezes menor do que a energia que é necessária para provocar danos materiais ao DNA, causando mutação e câncer. (...).
Poderia haver outra razão?
(...) tem havido dezenas e dezenas de estudos in vitro, em modelos animais, e - mais importante - de seres humanos que refutam essa hipótese.
A Organização Mundial de Saúde avaliou um estudo muito, muito grande que olhou para milhares e milhares de usuários de telefone celular. Havia a incapacidade de dizer definitivamente que estes dispositivos não foram associados com o câncer neste grupo muito grande de pacientes, porque é uma coisa complicada de se estudar e além disso este estudo se baseou em entrevistas de telefone e não numa observações real.
A Organização Mundial da Saúde divulgou um comunicado de advertência para dizer que nós só precisamos de mais informações. Isso não significa que os telefones celulares causam cãncer. Não há nada científico ainda que suporte a orientação da necessidade de mudança do comortamento quanto ao uso do aparelho de celular, e eu aplaudo o esforço para obter mais dados. Por enquanto não temos nada com o que nos preocupar.

Obrigado pela sua atenção.

Tradução: Dr Marcelo Madeira P Silva
Fonte: http://www.medscape.com/viewarticle/743916

sexta-feira, 8 de julho de 2011

QUESTÕES MAIS FREQUENTES DE PAIS DOS RECÉM-NASCIDOS

1. Como posso saber qual vai ser a cor definitiva dos olhos?

Se o recém-nascido é moreno e tem olhos castanhos, essa vai ser a cor defi nitiva, mas se o recém-nascido é clarinho e tem olhos azuis...pode mudar. Observe nos primeiros 6 meses. Se a cor vai escurecendo e perdendo o brilho, eles se tornarão castanhos (no máximo até o 1º aniversário), mas se eles continuarem azuis aos 6 meses de idade vão permanecer assim o resto da vida.

2. Eu observei uma mancha vermelha de sangue no branco dos olhos (pode ser um só ou os dois olhos); isso é perigoso?
Não. É causada pela pressão exercida durante o trabalho de parto e desaparece espontaneamente em poucos dias.

3. As costas e o ombro do bebê estão cobertos por pelos finos, por que?
Isso se chama lanugem; é produzida no fi nal da gravidez e cai logo ou, no máximo, em algumas semanas.

4. O que são aquelas manchas vermelhas conhecidas como a “picada da cegonha”?
São marcas de nascimento (hemangiomas) localizadas na raiz (acima) do nariz, na parte inferior central da testa, atrás da cabeça (occipital) e nuca. Desaparecem em meses ou 1 ano. Observe que essas manchas têm disposição central; as manchas laterais como as manchas cor de vinho situadas na face (bochechas) e pálpebras podem constituir problema permanente.

5. O que é mancha mongólica?
Áreas planas, amplas, escuras (azuladas) que parecem uma batida, geralmente nas costas ou nádegas. São frequentes e mais comuns em crianças de pele escura ou amarela. Começam a desaparecer depois do 1º aniversário e desaparecem totalmente na idade escolar.

6. Meu recém-nascido parece estar com ‘cravinhos”; isso é possível?
Sim. É o que chama “milium”. Aparecem na ponta do nariz e no queixo e são causados pela secreção de sebo por glândulas da pele. Desaparecem em 2 ou 3 semanas.
 
7. As mamas do bebê estão inchadas e às vezes até sai um pouco de leite (que o povo chama “leite de bruxa”). Devo apertar?
Nunca. Isso é devido a hormônios que passam da mãe para o recém-nascido e desaparece em 1 semana.  Se você tentar apertar pode infeccionar e formar um abscesso.

8. O cordão umbilical caiu e ficou uma bolinha dura no umbigo...
É o granuloma umbilical. Seu pediatra pode orientá-la para cauterizar com nitrato de prata. Às vezes, após a queda do cordão umbilical, ocorrem pequenos sangramentos que mancham as fraldas. Nada a temer.

9. O que é aquela secreção constante nos olhos do recém-nascido?
Podem ser irritação do nitrato de prata que é pingado nos olhos logo após o nascimento ou um certo entupimento do canal lacrimal. Limpe com água limpa e é interessante pingar algumas gotas de leite materno.

10. O bebê está espirrando; isso é resfriado?
Não. É um refl uxo normal tal como são normais os soluços e um pouco de regurgitação.

11. Recém-nascido que chora muito, quase o tempo todo – é provocado por cólicas?
Nas 2 primeiras semanas de vida, certamente não. Controle o peso para verifi car se não é fome.

12. A urina parece estar com sangue...
A fralda manchada de vermelho ou alaranjada pela urina é normal. São sais de urato que dão essa cor.

13. Quando devo levar o recém-nascido ao pediatra?
Dentro de 1 semana após a saída da maternidade. O pediatra fará o exame geral, verifi cará os refl exos, vai conferir a pega da mama, o crescimento (aumento de peso). Em caso de dúvida, especialmente em relação à amamentação, retornos em curto prazo (3 a 5 ou 7 dias) são necessários no primeiro mês de vida.

14. Febre é perigoso no recém-nascido?
Sim, é um sinal de alarme porque pode expressar doenças graves incluindo meningite, infecção urinária ou pneumonia. Leve de imediato ao pediatra.

15. O bebê apresenta um estufamento (bola cheia de ar) no umbigo e que aumenta quando ele chora...
É a hérnia umbilical. Não é perigosa nem dolorida e desaparece, na maioria dos casos, após o 1º aniversário.

16. Um testículo parece bem maior (como se estivesse inchado) do que o outro...
Trata-se de hidrocele, um acúmulo de líquido em volta do testículo. Vai desaparecer lentamente. Se, no entanto, o inchaço do testículo aparece de repente ou aumenta com o choro, leve ao pediatra.

17. O recém-nascido enxerga?
Sim, ele consegue focalizar um ponto no centro de seu campo de visão, situado a 20 a 45cm na frente dele. É a posição em que ele enxerga o rosto da mãe enquanto mama o peito. Estimule a visão com móbiles e cartões com quadrados ou faixas brancos e pretos, ou com caretas simples ou ainda com cores fortemente contrastadas (vermelho, verde, amarelo). Um leve estrabismo (cruzamento dos olhos) ocasional é normal. Com 1 mês, o bebê começa a acompanhar com a cabeça os movimentos dos objetos.

18. O recém-nascido escuta?
Sim. Durante o primeiro mês o bebê presta atenção às vezes, especialmente quando se fala naquele tom de “voz para bebê”. Ruídos fortes não fazem bem e devem ser evitados. Caixinha de músicas e discos com música suave (principalmente de Mozart) são  úteis bem como brinquedos padronizados e coloridos que fazem sons suaves. Com 1 mês, o bebê se volta para o lado de sons e vozes familiares.

19. O recém-nascido sente frio?
O recém-nascido perde calor com mais facilidade do que a criança maior. Por isso ele precisa ser um pouco mais agasalhado. Três camadas fi nas de roupa (underwear: camiseta + macacãozinho + xale) dão uma boa proteção. Se as mãos e pés estiverem frios o bebê parecer desconfortável, agasalhar um pouco mais; o contrário se estiver com extremidades quentes e suando.

Fonte: Edição Especial - Temas em Pediatria - Consulta Pediátrica no Primeiro Ano de Vida.
http://www.nestle.com.br/nutricaoinfantil/downloads/publicacoesCientificas/temapediatria/Temas_Especial.pdf

domingo, 3 de julho de 2011

Dislexia

Albert Einstein se destacou na ciência, Leonardo da Vinci nas artes, Winston Churchill na política, John Lennon na música, Henry Ford nos negócios. Além de geniais e famosas, todas essas personalidades eram disléxicas. Mesmo assim, sobressaíram naquilo que mais gostavam de fazer.

Problema que atinge de 10% a 15% da população mundial, a dislexia é diagnosticada, principalmente, no sexo masculino. Originária do grego, a palavra designa a dificuldade na linguagem. Com o tempo, as pesquisas mostraram que o distúrbio se estende para a leitura, escrita, interpretação e matemática.
A explicação para o problema é mais complexa do que se imagina. Não se trata simplesmente da dificuldade de soletrar palavras ou assimilar o conteúdo de um texto. Como em qualquer ação, os atos de ler e escrever percorrem vários caminhos no cérebro. Estímulos, como o visual e o auditivo, seguem vias preestabelecidas. Entretanto, no disléxico não é isso o que ocorre. O percurso no cérebro sofre desvios e acaba por resultar nas dificuldades.
Não é só o grupo que exclui a criança. Muitas vezes, ela própria se afasta por ter a auto-estima comprometida
Até pouco tempo atrás, essa falta de facilidade em aprender tarefas simples para a maioria das pessoas era vista como incapacidade e os disléxicos, por sua vez, eram segregados pelos colegas e professores desavisados. “Não é só o grupo que exclui a criança. Muitas vezes, ela própria se afasta por ter a auto-estima comprometida”, avalia Abram Topczewski, neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), vice-presidente da Associação Brasileira de Dislexia e autor do livro Aprendizado e Suas Desabilidades – Como Lidar? (Casa do Psicólogo).

Depois dos 8 anos

É claro que não se exige que uma criança com 3 anos saiba efetuar contas ou escrever textos. Pais e professores devem estar atentos ao período pós-alfabetização, entre 8 e 10 anos. O fato de a criança nessa idade ainda manter uma leitura lenta e difícil, como se estivesse aprendendo as letras (algo que ocorre entre 5 e 7 anos), é um sinal de alerta.
Falhas em estabelecer a relação do som com o símbolo, como na troca das letras “D” e “T”, e na discriminação visual, ou seja, inversões de letras como “sapato” e “satapo”, são dificuldades enfrentadas durante o aprendizado da criança com dislexia.
Há também alguns embaraços nos cálculos matemáticos, como inversão de números, confusão com os símbolos, por exemplo, x e +. E, se a criança for bastante hábil em contas, ainda pode encontrar pedras no caminho, pois não consegue interpretar os enunciados dos problemas.
O disléxico é capaz de estudar quando lê em voz alta ou escreve junto, por exemplo. Há atores que memorizam suas falas depois que gravam o texto e passam a ouvi-lo até decorar
Os adolescentes também enfrentam obstáculos, principalmente às vésperas do tão temido vestibular. Não conseguem memorizar as matérias e continuam com as dificuldades de interpretação e cálculos. Na vida adulta cada um já está munido de alguma estratégia para não ficar para trás.
Embora não tenha cura, a pessoa aprendeu a conviver com o distúrbio e criou atalhos para desenvolver e finalizar as atividades. “O disléxico é capaz de estudar quando lê em voz alta ou escreve junto, por exemplo. Há atores que memorizam suas falas depois que gravam o texto e passam a ouvi-lo até decorar”, explica o dr. Topczewski.
Mesmo que cada um consiga dispor de artifícios para desempenhar as tarefas com sucesso, é aconselhável que a dislexia seja diagnosticada o mais cedo possível. Para isso, o paciente é submetido à avaliação em que diversos especialistas analisam seu histórico e sintomas por meio de testes. O resultado é por exclusão. Isto é, se todos os prováveis distúrbios forem descartados, só pode ser dislexia. Ainda é preciso fazer o levantamento de problemas associados, como depressão, ansiedade, déficit de atenção, entre outros, para saber se é necessário o uso de medicamentos.

Passos para viver bem

Conviver com essas dificuldades mal interpretadas por familiares e amigos derruba a auto-estima, deprime, entristece, faz o portador do distúrbio se sentir diferente. Mesmo que não exista uma forma de acabar com a doença, há o tratamento multidisciplinar para amenizar os problemas encontrados no dia-a-dia. Esse acompanhamento médico, realizado por neuropediatras ou neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e pedagogos, é essencial.
Há melhora na atenção, na concentração, no comportamento. “Como consequência, o rendimento na escola ou no trabalho evolui e a pessoa nota seu sucesso e sua capacidade”, diz o médico. Se alguém tem dúvidas da capacidade de um disléxico se destacar, Einstein, da Vinci e tantas outros notáveis comprovam que tudo é possível.
 

Bruxismo

Quem nunca acordou com dores na mandíbula ao abrir e fechar a boca ou começou a perceber que seus dentes estavam com pequenas rachaduras. E tudo isso sem causa aparente?
E quem nunca se viu pensativo ou mesmo preocupado e começou, de forma involuntária, a apertar de tal forma os dentes que fez mexer os músculos da mandíbula tão forte, e só parou quando começou a sentir dor?
O nome disso é bruxismo, um transtorno do sono encontrado em boa parte da população e que pode estar associado a períodos de estresse ou a traços de personalidade.
Apesar de ser mais frequente durante o sono, também pode ocorrer durante a vigília, geralmente relacionado à tensão do dia a dia. Existe também o bruxismo fisiológico, um problema comum e que desaparece com o tempo. "Porém, se torna preocupante quando começa a afetar a qualidade de vida da pessoa", explica o neurologista do Einstein, Dr. Leonardo Goulart.

Quem pode ter bruxismo?

Até 20% da população têm bruxismo do sono pelo menos duas vezes por semana. E este distúrbio está presente muito mais em crianças do que em adultos (de 10% a 20% das crianças; 8% dos adultos; e 3% dos idosos são acometidos por este mal), contudo não podemos falar em predominância relacionada ao gênero.
Algumas doenças, como Parkinson, paralisia cerebral, AVC, ou outros distúrbios do sono, como a apneia, também podem ter o bruxismo como um sintoma associado. Além disso, alguns medicamentos podem provocar este transtorno involuntário e inconsciente de movimento, que é caracterizado pelo excessivo apertar e ranger de dentes durante o sono.

Fatores que incomodam

São várias as consequências físicas que uma pessoa com bruxismo frequente pode ter, entre elas estão desgaste anormal dos dentes; desconforto, fadiga e dor na musculatura ao abrir e fechar a boca; limitação da abertura da boca; hipertrofia do masseter (músculo da mastigação); ferimentos na língua; e até doenças periodontais. Pessoas que sofrem deste mal, geralmente, acordam com dores de cabeça, hipersensibilidade nos dentes, sonolência excessiva e até mesmo fadiga.

Como diagnosticar?

"O diagnóstico geralmente é feito depois que surgem algumas complicações. Para tanto, é necessária uma avaliação com especialista em medicina do sono e, muitas vezes, uma polissonografia – ou exame do sono – com monitorização da musculatura mastigatória", avisa o neurologista.

Formas de tratamento

Dependendo das causas do bruxismo e dos tipos de problemas que afetam a qualidade de vida do indivíduo, várias formas de tratamento podem ser combinadas para que este distúrbio cesse ou seja pelo menos amenizado.
Algumas modalidades de tratamento são: medidas comportamentais como aderir a uma alimentação menos pesada durante a noite, evitar o uso de bebidas alcoólicas, substâncias estimulantes e cigarro, psicoterapia, terapias cognitivo-comportamental, técnicas de relaxamento, biofeedback e medicações e tratamento odontológico reparador ou preventivo.



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Entidade lista 5 dicas para evitar intoxicação de crianças em casa.

Um conjunto de organizações de saúde canadenses divulgou uma lista com cinco dicas para que pais evitem a contaminação de crianças por substâncias tóxicas em casa.

Elas são: evitar o acúmulo de poeira, optar por produtos de limpeza sem perfume e menos tóxicos, tomar cuidado durante reformas, evitar certos tipos de plásticos e, na alimentação, evitar certos tipos de peixe que absorvem grandes quantidades de mercúrio.
A campanha de conscientização a respeito dos efeitos da poluição ambiental sobre o cérebro em desenvolvimento foi financiada pelo governo do Canadá e inicialmente se dirige à população do país, mas se aplica na prática a pais e futuros pais em qualquer parte do mundo.
"Se os pais adotarem práticas simples nessas cinco áreas, podem reduzir significativamente a exposição dos seus filhos a substâncias tóxicas e até economizar dinheiro", disse Erica Phipps, diretora da Canadian Partnership for Children's Health and Environment (Parceria Canadense para o Ambiente e a Saúde da Criança, CPCHE).

Poeira

Aspirar o pó ou passar pano úmido com frequência para eliminar poeira é a primeira recomendação dos especialistas.
"A poeira em casa é uma grande fonte na exposição de crianças a substâncias tóxicas, incluindo o chumbo, que mesmo em níveis baixos, é conhecido por prejudicar o desenvolvimento do cérebro", disse Bruce Lanphear, especialista em saúde ambiental infantil e consultor do CPCHE.
"O cérebro em desenvolvimento de um feto ou de uma criança é particularmente sensível aos efeitos neurotóxicos do chumbo, mercúrio e outras substâncias tóxicas", explicou Lanphear. "Uma criança absorve 50% do chumbo ingerido, enquanto um adulto absorve 10%".
Segundo o especialista, a criança tende a colocar a mão na boca com frequência, o que aumenta ainda mais os riscos de que ela absorva essas substâncias tóxicas.

Produtos de Limpeza

Os pais podem reduzir o grau de exposição da família a produtos químicos tóxicos e economizar dinheiro ao optar por produtos de limpeza mais ecológicos.
O bicarbonato de sódio pode ser usado para esfregar banheiras e pias, e vinagre diluído em água funciona bem para limpar janelas, chão e outras superfícies, disseram os especialistas.
Evitar o uso de purificadores de ar e optar por sabão sem perfume para lavar roupa pode reduzir a exposição das crianças a substâncias químicas usadas na fabricação de fragrâncias - associadas, em estudos, a distúrbios nas funções hormonais.
Reforçando recomendações feitas por entidades médicas, entre elas a Canadian Medical Association, os especialistas também desaconselharam o uso de sabão antibactericida.

Cuidados em Reformas

Quando houver reformas em casa, mulheres grávidas e crianças devem ficar longe das áreas afetadas pela obra. Isso evita sua exposição à poeira resultante da reforma - contaminada por substâncias tóxicas - e aos gases tóxicos liberados por tintas, cola e outros produtos.
Áreas não afetadas pela reforma devem ser cuidadosamente isoladas com o uso de plásticos. E a poeira deve ser aspirada durante e após a obra.

Cuidados com Plásticos

Certos plásticos devem ser evitados, especialmente quando se serve ou guarda alimentos. Os especialistas canadenses advertem os pais contra o uso de vasilhas de plástico ou de embalagens plásticas no micro-ondas, mesmo quando a etiqueta diz que o produto é seguro para uso no micro-ondas.
Produtos químicos presentes no plástico podem contaminar o alimento ou a bebida - eles explicam.
Comer alimentos frescos ou congelados sempre que possível reduz a exposição ao Bisfenol A, presente na maioria das embalagens de comida e bebida. O produto está associado a uma ampla gama de problemas de saúde, entre eles, problemas de desenvolvimento no cérebro e disfunções endócrinas.
Os especialistas também alertam contra produtos feitos de PVC, também conhecido como vinil. Ele contém um tipo de substância química chamada ftalato, que está associada a diversos problemas de saúde.
Ftalatos podem ser encontrados em cortinas de banheiro, babadores e até capas de chuva.
Os especialistas aconselham que os pais joguem fora brinquedos e mordedores feitos com este tipo de plástico.

Peixe Seguro

Para reduzir a exposição das crianças ao mercúrio, um metal que é tóxico para o cérebro, os especialistas aconselham que sejam escolhidas variedades de peixe que absorvem menos mercúrio, como cavala do Atlântico, truta, arenque, salmão selvagem ou em lata e tilápia.
Se for servir atum, procure as variedades "leves", que absorvem menos mercúrio do que a variedade albacore (atum branco).

domingo, 12 de junho de 2011

Os 10 sinais de alerta para imunodeficiência primária

O sistema imunológico normal possui duas ações de trabalho para manter a função normal do hospedeiro: a resposta imunológica inespecífica e a específica. Qualquer desequilíbrio em alguma parte da resposta imunológica pode resultar em uma inabilidade de controlar a infecção com doença subjacente. As imunodeficiências incluem uma variedade de doenças que deixam os pacientes mais susceptíveis a infecções e são classificadas em primárias e secundárias. Imunodeficiência primária deve ser suspeitada em todo o paciente com infecções recorrentes inexplicadas, infecções oportunistas, infecções que não respondem à terapia e que apresentam déficit pôndero-estatural.
As mães, muitas vezes, procuram explicação para as repetidas infecções de vias aéreas superiores (IVAS) que acometem seus filhos, e quase nunca aceitam a explicação do pediatra que, principalmente no início das atividades coletivas (creches, principalmente), é comum que seus filhos tenham de 6-8 IVAS por ano. Acham sempre que seus filhos têm a imunidade baixa. E cobram do pediatra um tratamento preventivo, ou uma outra explicação para tantas gripes e resfriados que acometem seus anjinhos.

Sendo assim, vão aí os 10 sinais de alerta para imunodeficiência primária:
Adaptado da Fundação Jeffrey Modell e Cruz Vermelha Americana

1. Duas ou mais Pneumonias no último ano

2. Oito ou mais novas Otites no último ano

3. Estomatites de repetição ou Monilíase por mais de dois meses

4. Abscessos de repetição ou ectima

5. Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite,

septicemia)

6. Infecções intestinais de repetição / diarréia crônica

7. Asma grave, Doença do colágeno ou Doença auto-imune

8. Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por Micobactéria

9. Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada a Imunodeficiência

10. História familiar de imunodeficiência

É importante que o pediatra e o imunologista/alergologista considere outras condições que podem levar a infecções de repetição:

• Doenças circulatórias
– defeitos cardíacos congênitos, doenças hematológicas, nefropatias, diabetes;

• Doenças obstrutivas
– estenoses do trato urinário, asma brônquica, rinite alérgica, obstrução da tuba auditiva, fibrose cística (ver postagem específica), corpo estranho em vias aéreas;

• Defeitos tegumentares
– eczemas/alergias, queimaduras, fraturas de crânio, doenças do trato sinusal;

• Fatores microbiológicos incomuns
– infecções crônicas por organismos resistentes, resistência antibiótica, reinfecção contínua (suprimento de água contaminada, contato infeccioso, equipamento de terapia inalatória contaminado);

• Corpo estranho
– defeitos no septo ventricular (coração), cateter venoso central, válvula cardíaca artificial, cateter urinário, aspiração de corpo estranho/doença do refluxo gastroesofágico (ver postagem específica);

• Imunodeficiência secundária
– desnutrição, prematuridade, linfoma, esplenectomia, uremia, terapia imunossupressora, enteropatia perdedora de proteína.

domingo, 5 de junho de 2011

Virose... Mas que diabos é essa tal virose?!

Que queixa mais chata e incômoda que a febre nos nossos filhos?
E quer uma resposta mais irritante ainda do que quando o pediatra nos diz que é apenas uma VIROSE?
Pois podem crer: o pediatra tem grande chance de estar certo sem nem mesmo examinar seu filho (80%, para ser mais exato).

As infecções de vias aéreas superiores (IVAS) são as doeças mais comuns na infância e as maiores responsáveis pelas consultas em pediatria. São inevitáveis e acomente as crianças umas 5-8 vezes por ano, pelo menos, com tendência a ficarem mais frequentes quando seus filhos frequentam creches ou escolas.
As IVAS que se caranterizam por FEBRE, coriza, lacrimejamento, prostração.
Podemos diferencias dois grandes grupos: os resfriados e as gripes.
Os resfriados são mais amenos, com poucos sintomas e praticamente sem repercussão sobre o estado geral do paciente. Já nas gripes, a febre e a prostração é um pouco maior, podendo vir acompanhado de rinite, sinusite, conjuntivite, laringite, com perda de apetite e vômitos, estes últimos principalmente na vigência da febre.
Existem mais de 200 sorotipos de vírus causadores das gripes e resfriados e os exames de rotina, tais como hemograma, não conseguem distinguir o virus causador da tormenta. Por isso, não crussifique seu pediatra se ele não der a resposta que você gostaria de ouvir ou se disser que não sabe o nome do virus e que o exame clínico é suficiente para se tomar a conduta final.
Uma avaliação criteriosa por parte do médico, com avaliação do estado geral do paciente, ausculta pulmonar, observação de garganta e ouvidos (otoscopia) deixa, pelo menos, a mãe tranquila quanto à não necessidade do uso de antibióticos.
O tratamento desses quadros se faz apenas com uso de medicações sintomáticas, tratando a febre e instilando soro fisiológico nas narinas ou com uso de descongestionantes nasais tópicos, nos casos em que a obstrução é mais intensa, impediando o sono e a amamentação dos mais pequenos.
O uso de antibióticos para prevenir complicação bacteriana deve ser evitado, pois não tem esta propriedade, podendo levar, inclusive, a infecções resistentes aos antibióticos habituais.
A vitamina C não tem nenhum efeito curativo ou preventivo das IVAS.
Uma medida caseira, mas que pode ser utilizada, são os chás, principalmente aqueles que contenha alho (Expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório, antibiótico, antisséptico, vermífugo - segundo o site da USP), mel e limão. Outras plantas que podem ser utilizadas são a cebola, o sabugueiro, a carqueja, o mamão e o picão-preto (para mais informações, pesquisar em http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/).

Escabiose

A escabiose é uma infestação causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.
O sintoma mais frequente da escabiose é o prurido, principalmente noturno. Os indivíduos afetados geralmente têm manchas e pápulas eczematosas especialmente entre os dedos, região da virilha, axilas, punhos e linha da cintura.
A forma de contágio se dá através do contato direto com outros indivíduos infectados.
Geralmente o diagnóstico é feito apenas com a história característica (prurido noturno principalmente nos locais mais característico) e contato com outras pessoas com os mesmos sintomas.
O tratamento deve ser direcionado a todos os membros da família. O pricipal medicamento utilizado é o creme de permetrina 5%.
O creme é aplicado a partir do pescoço para baixo. O paciente e seus familiares devem ser instruídos a aplicar o creme também sob as unhas. O creme é mantido na pele durante a noite e lavado pela manhã.
Qualquer roupa vestida nos últimos três a quatro dias, incluindo roupas de cama, devem ser lavadas pela manhã. Os bichos de pelúcia devem ser colocados em sacos plásticos por 4-5 dias.
Segundo o CDC norte-americano, "uma vez fora do corpo humano, os ácaros não sobrevivem mais de 48 a 72 horas."
 Outra opção de tratamento é a ivermectina oral, a qual deve ser prescrita principalmente para pacientes imunocomprometidos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Otite Média - Cuidados Gerais

Nos EEUU, os casos de otite externa aguda levam a cerca de 2,4 milhões consultas anuais e custam cerca de U$ 500 milhões anualmente, de acordo com um relatório publicado pelo CDC, esta semana.
As bactérias Pseudomonas aeruginosa e espécies de Staphylococcus foram responsáveis ​​pela maioria dos casos sendo adquiridas, em sua maioria, em piscinas ou em outros cocais onde a água faz parte da alegria da galera.
"A maioria das pessoas pensa em otite externa como uma condição leve, que rapidamente vai embora, mas esta infecção comum é responsável por milhões de doenças e levando a custos médicos elevados, a cada ano", disse Michael Beach, PhD, diretor adjunto do CDC.
"Ao tomar medidas simples, antes e após o banho ou entrar em contato com a água, as pessoas podem reduzir o risco dessa infecção incômoda e dolorosa".

■ Sempre que possível, após o banho, manter as orelhas secas.
■ Secar bem os ouvidos seco após o banho.
■ Evite colocar objetos no canal auditivo ou remover completamente a cera do ouvido, pois ambos podem danificar a pele no ouvido, aumentando potencialmente o risco de infecção.
■ Converse com os médicos sobre o uso de gotas auriculares à base de álcool após o banho.

O CDC orienta que as pessoas devem consultar seu médico se suas ocorre prurido nos ouvidos, descamação, inchaço ou dor, ou se há drenagem de fluidos a partir deles.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Brilho diferente em olho evidenciado em fotografias pode ser sinal de câncer

Os pais devem estar atentos sobre uma forma rara de câncer que pode ser detectada através de sinais no olho da criança.

O retinoblastoma, um tumor maligno da retina que afeta crianças com menos cinco anos de idade, pode levar à remoção do olho se houver demora no tratamento.
Detectar a presença do tumor o mais rápido possível pode acabar sendo decisivo - o que pode ser feito com ajuda de uma mera fotografia.
O sinal mais claro do retinoblastoma é um tipo de brilho branco na pupila do olho, causado pelo reflexo da luz do tumor na parte posterior do olho do bebê. Ele pode ser detectado em fotos do rosto da criança, especialmente quando a cor branca de um olho contrasta com a cor do outro olho.

Tratamento
A quimioterapia é, geralmente, o tratamento de eleição, com boas chances de cura quando o tumor é diagnosticado precocemente.
Na Grã-Bretanha, a retinoblastoma afeta um em cada 20 mil bebês por ano e representa 3% dos tipos de câncer no país.
A boa notícia é que 98% das crianças submetidas a tratamento sobrevivem. Mas cerca de 80% das crianças afetadas acabam tendo o olho removido porque a maior parte dos casos não é diagnosticada cedo o suficiente.

Prevenção
Ashwin Reddy, cirurgião ocular infantil e perito em retinoblastoma do Royal London Hospital diz que o tumor é capaz de matar.
"Detectar o reflexo branco ou brilho branco no olho pode fazer uma diferença vital porque, assim, o tumor não vai estar tão evoluído e nós não seremos obrigados a remover o olho'', afirma.
A quimioterapia é o tratamento padrão para o retinoblastoma, mas também podem ser usados terapia a laser e radioterapia.
Um tipo relativamente novo de quimioterapia no qual medicamentos são submetidos diretamente ao olho por meio de uma artéria na perna evita as tradicionais complicações decorrentes da quimioterapia tradicional, que é aplicada através de uma linha intravenosa central.
Mas ainda não há garantias de que novos tratamentos sejam bem-sucedidos.
Crianças que acabam tendo de ter seu olho removido podem tê-lo substituído por um olho artificial aplicado seis semanas após a operação.
Ali Fryer adverte para a a necessidade de detectar os sinais da retinoblastoma ainda no estágio inicial.
"Se você constatar algo incomum no olho de seu bebê ou de sua criança, por favor leve-a ao médico. Pode muito bem não ser nada e você poderá permanecer tranquilo. Ou pode ser algo que exige tratamento. E se for retinoblastoma, você poderá salvar os olhos de sua criança, se não a própria vida dela.''

sábado, 19 de março de 2011

Apendicite

O que é apendicite?

A apendicite é uma inflamação do apêndice, uma "pequena bolsa" ligada ao intestino grosso. Pode acontecer em qualquer idade, mas a maioria dos casos são observados entre 8 e 25 anos de idade. Raramente é visto em crianças com idade inferior a dois anos.
A apendicite é provavelmente a causa mais comum de abdome agudo (dor intensa) em jovens, cujo desfecho resulta cirurgia de emergência.

O que provoca apendicite?

Na maioria dos casos, o motivo específico para a inflamação não é conhecida, mas às vezes é causada por pequenos pedaços de fezes endurecidas (fecalito) que ficam presos no apêndice.

Quais são os sintomas de apendicite?

Os sintomas podem ser extremamente variáveis, mas muitas vezes têm um padrão clássico. O primeiro sinal é geralmente uma dor ou desconforto no centro do abdome. Essa dor vai e vem em ondas e é frequentemente considerada inicialmente uma gastrite simples.
Depois de algumas horas, a dor se torna mais intensa e constante, deslocando-se para a parte inferior direita do abdome. Observa-se intensificação dessa dor à movimentação e tosse. O paciente, geralmente perde o apetite, sente-se mal e vomita. Apresenta febre elevada e o hálito pode ter odor fétido.

Como é diagnosticada apendicite?

Geralmente, o simples exame físico é suficiente para o diagnóstico. Exames de sangue e urina são realizados para investigar a infecção.
Não existe um exame capaz de diagnosticar a apendicite com certeza, embora o US ou a CT de abdome possam ser utilizados para complemnetar o exame físico e a história clínica.
Muitas doenças podem causar os mesmos sintomas da apendicite, não sendo raros os casos de laparotomia branca, sem sinais inflamação do apêndice ao ser retirado.

Como é que a apendicite é tratada?

A remoção cirúrgica do apêndice (apendicectomia) é o procedimento de eleição. Uma incisão de 3 a 6 centímetros é feita na parte inferior do abdome do lado direito, através do qual o apêndice é removido. É realizada sob anestesia geral.
Já há uma tendência mundial em se realizar a cirurgia por via laparoscópica, embora essa técnica não pareça ter nenhuma vantagem sobre a cirurgia normal.

Nos casos simples, a alta do paciente ocorre no 2º ou 3º dia pós-operatório, quando a febre desaparece e o intestino começa a funcionar novamente. Os pontos cirúrgicos são retirados 10 dias após a operação, com  retorno à vida normal dentro de 4-6 semanas.

O que pode dar errado durante a operação?

Cerca de um quinto dos pacientes que se submetem à cirurgia podem apresentar um apêndice perfurado no momento do diagnóstico e consequentemente da cirurgia. Isso leva a um quadro de peritonite (inflamação com infecção do peritônio, que é a membrana que envolve os órgãos abdominais), o que requer tratamento com antibióticos. Além disso, nesses casos, principalmente, ainda há risco de formação de abscessos na cavidade abdominal, o que exigirá drenagem da secreção (pus). Há ainda o risco de surgimento de fístulas entre o intestino e a pele, situação mais complexa, que exige jejum prolongado do paciente além de introdução de nutrição perenteral (pela veia).
Aderências do tecido cicatricial pós-operatórias podem-se desenvolver e bloquear ou obstruir o intestino. Isso acontece em um número pequeno de pacientes, felizmente. Essa complicação geralmente ocorre dentro de três meses da operação. A obstrução intestinal pode exigir cirurgia de emergência.

Baseado em um texto pelo Dr. Henrik Petersen
http://www.netdoctor.co.uk/

ALERGIA ALIMENTAR

O que é alergia alimentar?


É uma reação do nosso sistema imunológico a uma quantidade normal de um determinado alimento. Esta reação acontece toda vez que o alimento é ingerido.
Mas ficar tranquilo, as alergias alimentares são raras.
São mais comuns em crianças menores de quatro anos de idade, o que se exlica pela própria imaturidade do sistema digestivo da criança.

As alergias alimentares mais frequentes são:
  • leite
  • ovos
  • amendoim
  • peixes
  • citrinos
  • tomate

 Quais são os sintomas?

Crianças com alergia alimentar podem ter sintomas diversos. Estes incluem:

  • exantema grave com erupção cutânea (pele com manchas vermelhas, típica das reações alérgicas, podendo haver inchaço de lábios e palpebras, inclusive com dificuldade respiratória nos casos mais severos) 
  • vômitos e diarréia sem motivo aparente
  • bronquite ou asma
  • coriza, rinite, sinusites de repetição, infecções de vias aéreas de repetição
  • baixo ganho de peso.
Como as alergias alimentares começam?

O sistema imunológico da criança produz uma classe de anticorpos chamados IgE em resposta a um determinado alimento. Estes anticorpos causam os sintomas alérgicos.

Qual o impacto da alergia alimentar na vida das crianças?
Quase um terço da população (33%) subtraem pelo menos um tipo de alimento de sua dieta ou a dieta de seus filhos, por acreditarem que possuem algum tipo de alergia alimentar.
Na verdade, apenas cerca de 3% crianças sofrem reações alérgicas a algum alimento, e a maioria desaparece espontaneamente antes que elas atinjam a idade de três anos.
Além disso, a criança pode passar por alguamas privações em relação a alguns alimentos, o que pode ter impacto sobre a vida social da criança (já imaginou uma criança de 2 anos ir a uma festinha de aniversário e não poder comer um pedacinho de bolo pelo simples fato de ter alergia ao leite de vaca?)

O que devo fazer se eu suspeitar que meu filho tem uma alergia alimentar?

Em caso de suspeita, contacte imediatamente o pediatra. Torna-se um erro bastante grave iniciar uma dieta restritiva para a criança, de maneira inadvertida, podendo resultar em carência nutricional importante.

Uma simples mudança no hábito intestinal não necessariamente trata-se de alergia alimentar!

É absolutamente normal alteração da consistência das fezes com a mudança do cardápio da criança.

O mais importante é relaxar. Não suponha que o seu filho sofre de uma alergia alimentar até que isso tenha sido confirmada por um especialista (pediatra, gastropediatra ou alergista).

Como são tratadas as alergias alimentares?

Uma dieta de exclusão é o principal tratamento para este tipo de alergia.

Em casos raros, até mesmo uma quantidade pequena do alimento pode causar choque anafilático (dificuldade respiratória severa e mau funcionamento do coração), podendo levar a colapso cardiorrespiratório.


Baseado em um texto do Dr. Flemming Andersen
http://www.netdoctor.co.uk/children/index.shtml

domingo, 23 de janeiro de 2011

Halitose

O que é:

A halitose é uma alteração do hálito que o torna desagradável, podendo significar ou não uma mudança patológica. É um sinal indicativo de que alguma disfunção orgânica (que requer tratamento) ou fisiológica (que requer apenas orientação), esteja acontecendo. A halitose não significa apenas uma doença, mas também, uma alteração das condições fisiológicas como por exemplo a halitose matinal, que a maioria das pessoas têm. A halitose em geral é um problema de saúde com conseqüências sociais e econômicas, morais e psicoafetivas tão sérias que aflige, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 40% da população mundial. A halitose também é conhecida como hálito fétido, mau hálito, fedor da boca.
O hálito é composto pelo ar expirado após a inspiração que provoca as trocas gasosas fisiológicas, associado às substâncias eliminadas por via pulmonar. Estas substâncias partem do intestino para o fígado, para a bile, para o sangue e finalmente para os pulmões, quando são eliminados pela expiração.

Causas:

A halitose geralmente está associada à existência de cáries e a má higiene bucal, porém pode ter outra origem como a respiratória, (sinusite e amidalite) digestiva, (erupção gástrica, dispepsia, neoplasias e úlcera duodenal) e a de origem metabólica e sistêmica (diabetes, enfermidades febris, alterações hormonais, secura da boca, estresse).

Tipos de halitose:

A halitose fisiológica relaciona-se a diminuição do fluxo salivar durante o sono: existe um fluxo mínimo de saliva durante o sono. Assim, ocorre putrefação de células epiteliais esfoliadas que permanecem retidas durante esse período ocasionando um odor desagradável, o qual desaparece após a higienização oral pela manhã, restabelecendo o fluxo salivar aos valores normais
A halitose provocada por medicamentos se deve ao fato de que algumas drogas podem alterar a sensação de gosto e olfato como: sais de lítio, penicilina e tiocarbamida, causando halitose subjetiva, ou ainda podem ser excretadas através do pulmão. Alguns medicamentos antineoplásicos, anti-histamínicos, anfetaminas, tranqüilizantes, diuréticos, fenotiaminas e outras drogas provocam diminuição do fluxo salivar ocasionando o mau hálito.
Halitose imaginária, halitofobia ou halitose psicossomática: ocorre em pacientes que apresentam alteração no olfato e passam a acreditar que possuem halitose, porém outras pessoas não detectam o fato.
Existe outro tipo de halitose que é a temporária, de origem alimentar. Esta pode ser causada pela ingestão de alimentos com alho, cebola, condimentos, jejum prolongado, bebidas alcoólicas, pois o metabolismo desses alimentos e bebidas produz ácidos e outros compostos que são excretados através dos pulmões.

Prevenção:

Seja qual for a causa da halitose a higiene bucal é fundamental para o sucesso do tratamento, além da eliminação da sua respectiva causa. Ë imperativo que além da escovação e do uso do fio dental promova-se a periódica limpeza da língua após as refeições e ao deitar, evitando o acúmulo de bactérias. Consultas odontológicas devem ser estimuladas, principalmente quando o paciente for portador de várias restaurações, próteses fixas ou adesivas, pois as mesmas podem estar com áreas que retenham restos de alimentos.

- uso de fio dental e boa escovação, limpando também a língua, após qualquer refeição;
- consulta regular ao dentista;
- realização de bochechos com produtos anti-sépticos;
- ter uma dieta balanceada e evitar comer entre as refeições;
- beber pelo menos dois litros de água por dia;
- controlar o estresse;
- evitar o excesso de comidas gordurosas, cigarros, café, frituras.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fimose : perguntas mais frequentes.


1- O que é Fimose?

Fimose é a dificuldade, ou mesmo a impossibilidade de expor a glande ("cabeça" do pênis) porque o prepúcio ("pele" que recobre a glande, a cabeça do pênis) tem um anel muito estreito. Não é o simples fato do prepúcio (pele) estar colada na glande (cabeça), o que é freqüente e normal nos primeiros anos de vida (aos 6 meses somente 20 % dos meninos conseguem expor totalmente a glande, mas quase 90 % já o conseguem aos 3 anos).

 2- Por que as crianças têm fimose?

O motivo mais comum são as assaduras (dermatites amoniacais), causando postites, e cicatrizes (fibrose). Como cicatrizes sempre retraem a pele, isto torna o anel prepucial mais estreito. Também existem casos de crianças em que os pais preocupados com o acolamento normal entre a glande e o prepúcio fazem "massagem", forçando a pele, e ocasionando pequenos traumatismos (microtraumatismos), que ao cicatrizarem tornam o anel estreito, e aí formam uma verdadeira fimose.

3- Deve-se fazer exercícios para abrir o anel do prepúcio?

Não, pois podem ocorrer microtraumatismos com dor, inflamação local e até sangramentos, e a cicatrização pode levar a um estreitamento da abertura no prepúcio. Os exercícios ao causarem dor e desconforto também criam na criança o medo de que alguém mexa nos seus genitais. Este medo interfere na higiene peniana, e ao não se realizar uma boa higiene ocorrem as postites (inflamações ou infeções do prepúcio), que são outra causa da Fimose. Este medo também dificulta a aceitação da cirurgia, dos cuidados pós-operatórios, e interfere na aceitação da sua sexualidade.


4 - Como prevenir a Fimose?

A melhor prevenção é ensinar aos pais como realizarem a higiene perineal, sem fazerem "massagens e exercícios", e reconhecendo e tratando adequadamente as dermatites amoniacais (assaduras) e as postites.

5 - Por que as crianças com Fimose necessitam

de tratamento cirúrgico?

a) Permitir a higiene adequada do pênis.

b) Permitir no futuro um relacionamento sexual satisfatório.

c) Evitar ou corrigir a PARAFIMOSE (quando o orifício de abertura do prepúcio, por ser muito estreito, fica preso logo abaixo da glande, com dor, inchaço imediato e dificuldade de urinar

d) Diminuir o risco de balano-postites (infeções do prepúcio e glande), infeções urinárias, doenças venéreas e do câncer no pênis.

e) Diminuir o risco de câncer de colo de útero na sua futura esposa.

Observações:

a) A fimose não impede, nem prejudica o crescimento do pênis, portanto a cirurgia (Postectomia) não vai ajudar o crescimento do mesmo.

b) É estimado que mais de 18% dos meninos não circuncidados podem ter indicações cirúrgicas até os 8 anos de idade.

6 - Qual a idade ideal para cirurgia da Fimose?

Nos casos não complicados aguarda-se até ao redor dos 7 - 10 anos de idade , por 3 motivos:

a) Neste período pode ocorrer o descolamento normal do prepúcio, a cura, não necessitando mais da cirurgia.

b) Até os 5 - 6 anos o menino realiza sua identificação sexual, chamada Fase Fálica, portanto o menino já entende a necessidade da cirurgia, e não corre o risco de achar que foi cortado um pedaço do seu pênis (Síndrome da Castração)

c) Antes da adolescência, quando as ereções mais frequentes tornam o pós-operatório mais doloroso e aumentam o risco das complicações.

7 - Como os pais podem preparar

seu filho para a cirurgia ?

Em primeiro lugar os pais devem receber do cirurgião pediátrico orientações que lhes permitam conhecer como será realizada a cirurgia, para que eles se sintam seguros e possam transmitir esta segurança para seu filho.

Além disso é importante não esconder do paciente o que será realizado, mas sem entrar em detalhes que ele não possa compreender e que possam assustá-lo. Ex.: a palavra "cortar"

Demonstrar amor, segurança, e levá-lo ,se possível, a conhecer o local onde será realizado a cirurgia também auxilia no preparo pré-operatório.

8 - Como é feita a cirurgia ?

A não ser que o paciente tenha outras doenças ou que os pais prefiram, a cirurgia será feita de Ambulatório, isto quer dizer que o paciente não precisa ficar internado, não vai dormir, passar a noite num quarto do hospital, evitando assim uma maior separação do ambiente familiar, e diminuindo os riscos de infecção hospitalar.

Quanto a técnica cirúrgica, e o quanto de pele a ser ressecada (retirada), isto varia conforme a idade do paciente, a intensidade da fimose, e a experiência do cirurgião.

9 - Os pais podem assistir a cirurgia ?

Nas crianças acima de 6 a 12 meses de idade é importante que um dos familiares permaneça junto a criança até que ela durma, para que ela se sinta segura. Em alguns hospitais de Porto Alegre é permitida e incentivada a permanência do pai e/ou da mãe ao lado da criança durante a indução anestésica..

Durante o ato cirúrgico no entanto não é permitido, por não ser necessário, para diminuir os risco de infecção, e evitar transtornos a rotina da sala cirúrgica.

Na Sala de Recuperação Pós-Anestésica , os pais podem permanecer ao lado do filho, tranqüilizando-o, e auxiliando-o a se alimentar após estar bem acordado.

10 - E a anestesia, é local ou geral ?

Na infância, e mesmo na adolescência, se prefere a anestesia geral, geralmente precedido pelo uso de um sedativo e de um analgésico, pois:

• Evita que o paciente assista, participe e se assuste durante o ato cirúrgico.

• Evita a dor das "picadas" de agulha e da introdução do anestésico local.

• Permite que o paciente permaneça quieto, sem se movimentar durante a cirurgia .

• O paciente não se lembrará de nada que ocorre na sala de cirurgia, não tendo portanto nenhum trauma psicológico.

• Por ser muito seguro (risco de complicações severas inferior a 1 em cada 5.000 anestesias, e risco de óbito ao redor de 1 em cada 200.000 anestesias).

11 - E depois da cirurgia, quantos dias a criança necessita faltar a aula?

As crianças, se possível, são operadas numa quinta ou sexta-feira, e retornam tranqüilamente as aulas na Segunda-feira, mas com a recomendação de que evitem exercícios físicos que possam traumatizar a região cirúrgica por 2 a 3 semanas (Exemplos: - "lutas", jogar bola, andar de bicicleta, "skate", patins, "rollers",...).


domingo, 16 de janeiro de 2011

Obesidade: é importante prevenir o excesso de peso antes dos 5 anos


Você sabe desde quando é preciso se preocupar com o peso do seu filho? Assim que ele nasce. Um estudo realizado no Reino Unido, publicado este mês na revista Pediatrics, mostrou que os quilos a mais ganhos entre 0 e 5 anos de idade contribuem para aumentar os riscos de obesidade e doenças metabólicas (como diabetes, hipertensão) no futuro.
A avaliação, feita com 233 crianças desde o nascimento até os 5 anos e depois aos 9, mostrou que a maioria do excesso de peso adquirida antes da puberdade acontece nos cinco primeiros anos, independentemente dos quilos ao nascer. E chegar com os ponteiros da balança acima do ideal na puberdade, pode agravar o problema, porque nessa fase há uma mudança natural no corpo dos meninos e meninas. Elas, aliás, acabam engordando mais que eles.
Por isso, o importante é prevenir. “É fundamental criar bons hábitos alimentares nos primeiros anos de vida. Quanto antes a criança se acostumar a comer bem menor a chance de engordar”, diz Luiz Eduardo Calliari, endocrinologista infantil do Hospital São Luiz (SP). É preciso que a família toda contribua, mantendo uma alimentação equilibrada e balanceada, com horários certos para as refeições, evitando comidas gordurosas e calóricas. As atividades físicas também devem ser estimuladas. E até os 5 anos, o endocrinologista avisa: o melhor exercício é a brincadeira de criança, de bola, de pega-pega, no parque ou no clube.
O cuidado deve continuar na escola. Veja se o berçário ou o colégio que vai escolher para o seu filho é um local em que a filosofia em relação à alimentação se parece com a de sua casa. Observe o que servem nas cantinas e se há estímulos para a criança comer frutas, legumes e verduras.

Sem dobrinhas demais
O conceito de que bebê saudável é aquele gordinho ainda existe, e, com isso, muitas vezes os pais demoram demais a perceber que a criança está acima do peso. “É difícil os pais se preocuparem com obesidade antes dos 5 anos. E, quando enxergam o filho com problemas com a balança, querem resolver rápido”, diz.
Com criança não é assim. Dietas rígidas são proibidas, principalmente porque ela está em fase de desenvolvimento. O que é preciso é que aprenda a comer certo e que passe por um processo de reeducação alimentar. “Como ela cresce, só o fato de manter o peso estabilizado por um período já é um avanço”, constata Calliari. Por isso, sem ansiedade. A perda dos quilos extras vai acontecer a longo prazo, sempre com orientação médica.

Fonte: Revista Crescer

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Novo exame consegue identificar e capturar células cancerígenas

Mecanismo pode ajudar na descoberta e no tratamento de tumores.
"É como uma biópsia líquida", diz um dos inventores do teste.

Um novo teste sanguíneo que encontra e captura células cancerígenas entre bilhões de células sadias pode chegar em breve ao mercado. Cientistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, e uma multinacional do ramo da saúde pretendem anunciar nesta segunda-feira (3) uma parceria para produzir o exame em larga escala.
Os cientistas imaginam que, inicialmente, o teste facilitará o tratamento de tumores, pois pode ser feito diariamente e é um jeito rápido de descobrir se medicamentos e terapias estão fazendo efeito. “É como uma biópsia líquida”, que evita a retirada dolorosa de tecidos, diz o médico Daniel Haber, chefe do centro de câncer do hospital e um dos inventores do teste.
O exame também poderá, no futuro, ajudar a diagnosticar o câncer antes que ele se espalhe, atuando paralelamente a testes tradicionais, como a mamografia e a colonoscopia.
Hoje, o único exame sanguíneo disponível no mercado para a detecção de tumores apenas conta as células doentes, mas não consegue capturá-las, impedindo que os médicos possam obter mais informações sobre o problema.

Como funciona?
O exame usa um microchip do tamanho de um cartão de crédito, coberto por 78 mil pequenos cilindros, como cerdas de uma escova de cabelo. Os cilindros contêm uma substância que faz as células cancerígenas grudarem. Quando o sangue atravessa o chip, as células batem nos cilindros como uma bola em um jogo de pinball. As células cancerígenas se prendem e um corante faz com que elas brilhem. Assim os cientistas podem contá-las e capturá-las.
O próximo passo na pesquisa será encontrar um plástico barato para produzir os testes, que hoje custam centenas de dólares por unidade. Enquanto isso, o exame será usado experimentalmente em quatro institutos dos EUA.