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domingo, 26 de dezembro de 2010

Intoxicação alimentar: o que é e como evitar.

Confira dicas de como evitar esse problema com a sua família. E atenção: um estudo revela que o perigo também está em alimentos preparados e consumidos dentro das residências

Festas de fim de ano. Apesar de toda vez você jurar que não vão exagerar nas comidas, não tem jeito. Cada um da sua família se arrisca para fazer um prato especial para comemorar o Natal e o Ano Novo ao lado dos amigos, das crianças. Mas além do cuidado para que a receita dê supercerto, é preciso também ficar atenta com a manipulação e conservação das comidas, e evitar que uma intoxicação alimentar atrapalhe a alegria desta época tão esperada.
A intoxicação alimentar é causada por alimentos contaminados por bactérias nocivas. Os sintomas mais comuns são vômitos, dores abdominais, diarreia e dores de cabeça e podem surgir de uma a 48 horas depois da ingestão do alimento, dependendo do tipo de bactéria. Ao contrário do que se acredita, os alimentos deteriorados não são a principal causa das intoxicações alimentares, pois a alteração do cheiro, do sabor e da aparência do alimento faz com que ele seja evitado. O maior risco, portanto, são os agentes que contaminam sem “estragar” o produto.
E você pensa que isso acontece só fora de casa? Um estudo realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostrou que 27% dos surtos de intoxicação acontecem com alimentos preparados e consumidos dentro de casa. Em restaurantes, padarias, lanchonetes e outros estabelecimentos esse índice é de 24%. “O cuidado na hora de preparar alimentos é fundamental para evitar intoxicações”, diz Maria Bernadete de Paula Eduardo, diretora da Divisão de Doenças Transmitidas por Água e Alimentos do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria.
Segundo a especialista, a temperatura dos alimentos preparados merece atenção. O ideal é deixá-los aquecidos a 70o ou dentro da geladeira. Em temperatura ambiente, pode haver o crescimento de bactérias ou de suas toxinas, por isso as refeições não podem ficar mais que duas horas fora de refrigeração. “Não é recomendável deixar sobras de comida em cima do fogão ou dentro de um forno desligado”, diz Bernadete. Para evitar a transmissão da bactéria Salmonella Enteritidis, responsável por 50% dos casos de gastroenterites, não ofereça à sua família ovos mal cozidos ou alimentos preparados à base de claras e gemas cruas.

Como prevenir

- Em primeiro lugar, é preciso conhecer a origem dos alimentos que vai oferecer à família, dentro ou fora de casa;
- Mantenha a cozinha sempre limpa;
- Lave as mãos antes de cozinhar, depois de ir ao banheiro ou trocar a fralda do bebê;
- Ferva a água para beber e cozinhar, caso o fornecimento de sua cidade não for confiável;
- Conserve os alimentos em local apropriado e, se possível, prepare a quantia exata de alimentos que a família for consumir, pouco antes da refeição;
- Não misture alimentos de origens diferentes, como carnes e verduras, em cima da pia;
- Não use a mesma faca durante a preparação de diferentes alimentos;
- Frutas e verduras devem ser lavados com água corrente antes do consumo. Caso vá ingerir os vegetais crus, deixe-os de molho por 15 minutos em produto indicado para desinfecção (como hipoclorito de sódio). Vinagre doméstico não mata as bactérias!
- Cozinhe bem os alimentos (principalmente as carnes). Sempre aqueça as sobras antes de ingeri-las (a 70o);
- Lave latinhas de refrigerantes ou outras bebidas com água e sabão;
- Lave bem as mãos do seu filho depois de brincar ou cuidar dos animais de estimação (faça o mesmo);
- Antes de colocar qualquer item no carrinho do supermercado, por exemplo, leia o rótulo do produto. Além da data de fabricação, verifique se a embalagem está limpa. Há algum furo ou lacre rompido? Evite comprar enlatados cuja lata se encontra amassada ou estufada. Por último, veja se o alimento possui o endereço do fabricante ou algum tipo de certificação, como o SIF (Serviço de Inspeção Federal) no caso das carnes ou o selo verde para os orgânicos;
- Em restaurantes, observe com atenção a higiene do local. Comidas em buffet, se não estiverem quentes ou refrigeradas de acordo, oferecem mais riscos de contaminação. O mesmo acontece com alimentos vendidos por ambulantes.
 
Fonte: Revista Crescer (http://revistacrescer.globo.com/)

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